Ricardo Romano
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"Um bom disco justifica sempre os meios”- defendeu-se Ricardo Romano, ao ser acusado de ter vendido o rim esquerdo da sua tia entrevada para comprar uma edição rara do Led Zeppelin II - o melhor disco de sempre. O juiz não se convenceu, mandando-o para uma prisão com condições desumanas, onde uma vez foi obrigado a ouvir do princípio ao fim um disco dos Creed. Actualmente em liberdade, cumpre pena de trabalho a favor da comunidade no site Altamont mas a proximidade com boas colecções de discos não augura nada de bom.

João Nobre e Ana Ventura em entrevista: o legado dos Da Weasel

O Ricardo Romano esteve à conversa com João Nobre e a Ana Ventura a propósito da publicação do livro: “Da Weasel – uma Página da História”. Três ideias foram reaparecendo: a impureza, a independência e a verdade de todo um percurso.

Da Weasel – Iniciação a Uma Vida Banal – o Manual (1999)

Depois do terceiro capítulo veio o terceiro longa-duração, o conturbado Iniciação a Uma Vida Banal – o Manual. Tinha tudo para dar errado, em demasiados tabuleiros. Parece que não deu…

“É Mesmo Assim o (Respeito)” – Da Weasel

Ah e tal, Da Weasel é o Pacman, o Virgul é um anexo… Olhe que não. Virgul não é só o soul man, sofrendo e fazendo sofrer corações. Virgul não é só o hype man, saltando, instigando, acendendo a multidão.…

Luís Varatojo em entrevista: “a ideia foi agora ir à bruta”

À boleia da edição do segundo disco de Luta Livre, Defesa Pessoal, estivemos à conversa com Luís Varatojo.

A Garota Não || Festival Política: canções, memórias e direitos

O espectáculo d’A Garota Não no Festival Política o que foi? Um concerto? Uma confissão? Um comício? Não sabemos bem dizer. Mas que foi especial é inegável. Os olhos marejados não enganam… 

Capote Fest de volta a Évora com música portuguesa gourmet

Entre 11 e 13 de Maio, acontece a sétima edição do Capote Fest, o festival eborense de música portuguesa que o Altamont tem a honra de acompanhar desde 2017.

808 State – Newbuild (1988)

O disco de estreia dos 808 State, Newbuild, não foi só um dos primeiros álbuns britânicos de acid house. Foi também um dos melhores.

John Zorn – Naked City (1990)

O disco de John Zorn, Naked City, mistura o vanguardismo do free jazz com a violência do grindcore e a acessibilidade da pop, tudo ao molho e fé em Deus. Um jackpot de contradições: difícil e orelhudo, preciso e impaciente, atroz e divertido. Uma absoluta obra-prima.

Sunflowers e Clementine || ZDB: rock tuga do bom!

A noite de sábado na Galeria Zé dos Bois foi passada com duas bandas portuguesas, dois power trios, por sinal. Obrigado, Sunflowers, obrigado, Clementine; foi um belo serão rock’n’roll.

St Germain – Tourist (2000)

O segundo disco de St Germain, Tourist, cruza o house e o jazz com elegância e bom gosto.

“Nobody Knows the Trouble I’ve Seen” – Sam Cooke

“Nobody Knows the Troubles I’ve Seen”, de Sam Cooke, é todo um tratado sobre o sofrimento e a esperança. Quando canta “sometimes I’m up”, as notas sobem, cheias de luz e confiança. Quando, logo a seguir, confessa “sometimes I’m down”,…

“Soldier’s Things” – Tom Waits

“Soldier’s Things”, apesar de encontrar guarida no excêntrico Swordfishtrombones, é uma bonita balada que não destoaria em Blue Valentine. A vinheta é comovente: uma mãe vendendo os pertences do seu filho morto na guerra.

“Shore Leave” – Tom Waits

O chiar de uma cadeira a arrastar em “Shore Leave” sabe ao vanguardista Harry Partch. Narrada por um marinheiro desembarcado em Hong Kong, é a canção mais bonita que conheço sobre a saudade: “and I wondered now how the same…

“Walking Spanish” – Tom Waits

A groovy “Walking Spanish” – Captain Beefheart para o povo – tem uma bazófia irresistível. John Luria – líder dos Lounge Lizards e amigo de Waits – ajuda no saxofone.

Surma || Musicbox: um estranho e mágico mundo

Surma em modo banda de uma mulher só conquistou o Musicbox. Descobrimos-lhe o segredo. Cor e anarquia em partes iguais…

The Comet is Coming || LAV: mãe África numa nave espacial

O trio de jazz futurista The Comet is Coming abateu-se ontem sobre Lisboa. Ingredientes: viagem, êxtase, raízes tribais e um futuro apocalíptico. O dinheiro bem gasto, portanto…

Tom Waits – Rain Dogs (1985)

Rain Dogs é um Swordfishtrombones em esteróides, demente e circense como o seu antecessor mas agitado e nervoso como a Nova-Iorque onde foi gravado.

“Anywhere I Lay My Head” – Tom Waits

“Anywhere I Lay My Head” é triste, quase dilacerante, por carregar a mágoa funda da sua personagem: “onde quer que eu pouse a minha cabeça é onde faço a minha casa”…