O álbum-manifesto que inventou o country rock.
“Gimme Shelter” – The Rolling Stones
Poucas canções conseguiram apanhar melhor os ares do tempo que a magistral “Gimme Shelter”. A guitarra cintilante de Keith Richards vai acumulando uma tensão insuportável, até tudo rebentar num grito de angústia e desespero. “Love, peace and harmony? Very nice. Maybe in the next world…”
Wilco – Yankee Hotel Foxtrot (2001)
Nunca a beleza pop e a estranheza experimental casaram tão bem.
Adeus, Zé Mário: contámos com isto de ti, para cantar e para o resto
Toquem os sinos. Um dos meus pais partiu.
Daft Punk – Discovery (2001)
Quando nostalgia e futurismo são misturados na dose certa, aparece uma das obras maiores do século XXI.
Ariel Pink – The Doldrums (2000)
É sempre fora das linhas que Ariel desenha o seu estranho mundo. Não queremos sair dele.
Dizzee Rascal – Boy in da corner (2003)
E é aqui que chamamos Dizzee Rascal, que com o rasgo do seu disco de estreia se tornou o grande embaixador do grime.
Sublime – Sublime (1996)
Infelizmente, foi muito breve o namoro do mainstream com o soalheiro ska punk.
Lily Allen – Alright, Still (2006)
Um disco que vive da permanente tensão entre a inocência sonhadora da música e a malícia filha da puta das letras.
Solange – A Seat at the Table (2016)
O ponto de viragem na carreira de Solange, afastando-se do R&B comercial dos seus dois primeiros discos, e fazendo aquilo que sabe fazer melhor: um R&B alternativo e vanguardista, quase anti-pop.
Metronomy – Metronomy Forever (2019)
Tudo o que encontramos aqui são melodias bonitas, electrónica vintage com groove e a elegância que advém da total despretensão.
Amy Winehouse – Back to Black (2006)
Disseram-lhe que bastava mais ou menos. Respondeu que não, não, não…
The Comet is Coming – Trust in the Lifeforce of the Deep Mystery (2019)
É o seu sentido poético fora do comum que tudo ordena, com elegância e sensibilidade. Não é jazz ou electrónica, é pura poesia.
Sons of Kemet – Your Queen is a Reptile (2018)
Um álbum electrizante de jazz, trazendo-nos África através da ênfase dada ao ritmo: complexo e frenético, convidando à dança e à transe.
Billie Eilish || Altice Arena
Sabíamos do hype mas nada nos tinha preparado para a noite de ontem: 20 mil adolescentes, na sua maioria miúdas, numa transe colectiva como o Altice Arena nunca vira, gritando eufóricas todas as letras, abafando a voz da sua heroína. Temos Beatlemania para o século XXI.