Ontem à noite os Noves Fora Nada deram “show de bola” em Algés.
A malta estava com saudades, não víamos os Nove desde o Inverno passado, corja de preguiçosos. Não fora uma fábrica em Algés – do sector das alternâncias – espicaçá-los, ainda estariam em casa de robe e pantufas a emborcar temporadas inteiras na netflix. Eles negarão tudo, “ah e tal, estamos em pré-produção para o novo disco, não tem havido tempo”. Blá, blá, blá. Eles não querem é trabalhar, “mazé”.
Só os perdoamos porque regressaram em grande, “rock’n’rollando” como se não houvesse amanhã. Tocaram o Da Opulência ao Carvão de uma ponta à outra, de olhos fechados e a fazer o pino. A grande surpresa foram três avanços do próximo álbum, ainda mais gasolineiros do que o costume (juro que se alguém acendesse um fósforo, o edifício inteiro explodiria).
No rescaldo houve quem se queixasse da qualidade do som (o autor destas linhas confessa que não reparou em nada, talvez toldado pelo excesso de vinho branco ao jantar). Ó meus amigos: um furacão rock’n’roll acabou de devastar tudo à sua passagem e vocês vêm-me falar do técnico de som!?
Tenham juízo…
Fotografias: Rui Gato