O segundo dos Boards of Canada, Geogaddi, pode não ser tão canónico como o disco de estreia – um marco na música electrónica ambiental – mas não lhe fica em nada atrás: nostálgico, poético e assombroso. Uma viagem à infância que pode não acabar bem…
JP Simões: “Se eu tiver uma essência são estas coisas que canto”
À boleia do novo disco de Bloom, Drafty Moon, estivemos à conversa com JP Simões. Entre cigarros e imperiais, falámos de tudo um pouco: do mestre Bowie, da vaca do capitalismo e de um certo existencialismo incomodado…
“Schizophrenia” – Sonic Youth
A bateria solitária do início de “Schizophrenia” não engana: melancolia peganhenta, que nem o sol, ou a saúde, conseguem debelar. Quando as guitarras dolentes, por fim, assomam, é a tristeza da própria vida que entra pelas frinchas da janela. Como…
Sonic Youth – Goo (1990)
Goo – sexto álbum dos Sonic Youth e primeiro com o selo de uma major – é um dos grandes clássicos do indie dos anos 90. O espírito de Nevermind a bater à porta…
Sonic Youth – Sister (1987)
O quarto disco dos Sonic Youth, Sister, concilia experimentalismo com melodia, dissonância com sentido pop. Um farol apontando o caminho para a explosão do alternative rock.
“Pacific Coast Highway” – Sonic Youth
Um retrato da escuridão que se esconde por debaixo da luz da Califórnia, a voz ansiosa e arrepiante de Kim convidando-nos para uma boleia que não vai acabar bem, o interlúdio instrumental interrompendo a tensão com um sol hipócrita, eis…
Bloom – Drafty Moon (2021)
O novo disco de Bloom é pop mas denso, groovy mas sombrio, teatral mas verdadeiro. Um diálogo enternecedor entre o discípulo JP e o mestre Bowie.
Burial – Untrue (2007)
O segundo tomo de Burial, Untrue, é considerado por muitos como o melhor álbum de música electrónica do século XXI: opressivo e cinemático, sujo e comovente.
King Gizzard & The Lizard Wizard – Butterfly 3000 (2021)
O décimo-oitavo disco dos King Gizzard & the Lizard Wizard, Butterfly 3000, é dominado por sintetizadores, arpejos orientais e um psicadelismo saltitante e feliz. Mais um tiro certeiro, para não variar.
The Incredible String Band – The Hangman’s Beautiful Daughter (1968)
O terceiro disco dos Incredible String Band, The Hangman’s Beautiful Daughter, é um dos clássicos maiores do folk psicadélico. Pai do Tim Buckley. Avô dos Fleet Foxes.
The Arctic Monkeys – Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (2006)
O álbum de estreia dos Arctic Monkeys é um dos clássicos maiores do indie moderno: endiabrado, melódico e inteligente. Um tratado sobre o beco sem saída da adolescência nos subúrbios.
“Take Me Out” – Franz Ferdinand
É impossível não dançar ao som desta ogiva atómica lançada pelos Franz Ferdinand.
“The Modern Age” – The Strokes
Casablancas finge-se inexpressivo para parecer cool mas, na verdade, é um imenso vocalista, versátil e convincente como poucos.
Franz Ferdinand – Franz Ferdinand (2004)
Com a sua explosiva mistura de indie rock com disco sound, o álbum de estreia dos Franz Ferdinand faz dançar as cinzas da tua tia-avó coxa.
The Strokes – Is This It (2001)
O álbum de estreia dos Strokes, Is This It, é garage na produção propositadamente tosca mas indie no charme e inteligência das canções. O disco-bandeira do renascimento do rock pós-2001.
“I Bet You Look Good in the Dancefloor” – The Arctic Monkeys
Os solos de guitarra dos Arctic Monkeys, desajeitados e fanfarrões, transbordam de tusa e suor. Aposto que ficarias a matar no centro da pista.
Hawkwind – In Search of Space (1971)
O segundo dos Hawkwind, In Search of Space, é o disco-manifesto que apresenta o space rock. Psicadelismo lento, pesado e hipnótico. Como uma nave gigante à deriva no espaço.
T. Rex – Electric Warrior (1971)
Electric Warrior dos T-Rex não é apenas um manual de bom gosto e concisão pop. É o primeiro manifesto glam, com ressonâncias que perduram até hoje.