O disco que alberga “Seven Nation Army” é a obra-prima incontestada dos White Stripes. Um equilíbrio perfeito entre riffs corrosivos e uma cativante sensibilidade pop.
Unknown Mortal Orchestra – Unknown Mortal Orchestra (2011)
Associados à nova vaga psicadélica, os UMO sempre foram, porém, um bicho diferente: mais originais, com pouca pachorra para os lugares comuns do acid rock.
Dirty Projectors – Bitte Orca (2009)
O álbum que pôs os Dirty Projectors no mapa, fazendo a ponte entre o vanguardismo erudito dos primeiros discos e o melodismo pop dos seguintes.
The Flaming Lips – Yoshimi Battles the Pink Robots (2002)
Yoshimi é esse deslumbramento com a beleza de tudo, e a consciência amarga de que tudo perece.
Wilco – Yankee Hotel Foxtrot (2001)
Nunca a beleza pop e a estranheza experimental casaram tão bem.
Yo La Tengo – I Can Hear the Heart Beating as One (1997)
I Can Hear the Heart Beating as One, vê o grupo a expandir a sua palete sonora e a encontrar uma maneira de equilibrar as suas sensibilidades mais melódicas com o seu pedigree noise.
Yo La Tengo || Cineteatro Capitólio
Os Yo La Tengo enfeitiçaram o Capitólio com um set que agradou tanto fãs estreantes como os de longa data.
Silver Jews – American Water (1998)
O fã típico é doutorado em literatura moderna e viciado em crack. As tentativas de suicídio são opcionais.
Sonic Youth – Evol (1986)
São tão urbanos e noctívagos e arty e sofisticados, que nos apetece comprar o vinil só para que toda a gente na loja saiba que somos tão cool. Termos ou não um gira-discos em casa é, para o caso, irrelevante.
Os Pavement e o charme do desmazelo
O grande legado dos Pavement é mostrar-nos quanta beleza pode haver no inacabado, no desleixado, no descuidado. Como uma miúda gira acabada de acordar.
“Shady Lane” – Pavement
Os Pavement sempre fizeram questão de ignorar essa irrelevância chamada mundo.
Pavement – Crooked Rain, Crooked Rain (1994)
Um disco dissonante mas soalheiro, como se os Sonic Youth tocassem viola na praia ou os Dinosaur Jr. fizessem amonas aos Beach Boys.
Arcade Fire || Campo Pequeno
Ontem foi uma noite mágica. No seu primeiro concerto em nome próprio em Portugal, os Arcade Fire encheram-nos a alma de um êxtase quase religioso. Podia mesmo ser de outra forma?
Arcade Fire – Funeral (2004)
Porque é que Funeral é tão imenso, considerado por muitos como o disco da sua década? Pela sua originalidade? Pela sua beleza? Estamos em crer que a resposta é outra: pela primazia quase fascista da emoção.
OK Computer: o regresso ao futuro com os Radiohead
Os hipsters preferirão o Kid A, glorificando a sua inacessibilidade. Os nazis da simplicidade pop escolherão o The Bends, apedrejando “Paranoid Android” pelas suas cedências ao prog. Mas as pessoas razoáveis optarão sempre por OK Computer, um disco desmedidamente belo e sem vergonha de o ser.