Entre 11 e 13 de Maio, acontece a sétima edição do Capote Fest, o festival eborense de música portuguesa que o Altamont tem a honra de acompanhar desde 2017.
O cartaz é todo ele escolhido a dedo, dominando o “lobby” do rock mas havendo também algumas cartas fora do baralho, como veremos.
É com rock, porém, que o festival abre – a 11 de Maio -, como Deus assim o quis. Falamos do stoner filé mignon dos madeirenses The Crew Tones, vindos das ilhas directamente para a histórica Sociedade Harmonia Eborense, à Praça do Giraldo.
No dia 12 de Maio, o Capote muda-se para a SOIR Joaquim António Aguiar – como também é costumeiro -, para uma noite toda cantada em português. O rock domina, lá está, mas com diferentes sensibilidades, desde o ska punk dos Corrosão Social até à pop rock cheia de groove dos Humana Taranja, passando pelo falso nu-metal dos AlgumaCena (D’Alva a oferecer-nos música surpreendentemente sombria e “guitarruda”). O cantautor Daniel Catarino é um dos tais objectos transviados, mais devendo à música popular portuguesa do que à tradição anglo-saxónica.
No dia 13 de Maio, não na Cova da Iria, mas ainda na SOIR, há novo e saboroso sortido. Para quem gosta de psicadelismo pesado, próximo do stoner, os Black Wizards serão do seu agrado. Quem preferir algo mais divertido e sarcástico, sentir-se-á em casa com a pop rock irreverente dos Houdini Blues. A malta mais “modernaça” degustará o indie pop sofisticado dos Now We Can Talk. Já os apreciadores de música extrema, babar-se-ão com o jazz punk dos dUAS sEMIcOLCHEIAS iNVERTIDAS, com “fritaria” noise para dar e vender. A ovelha tresmalhada será Vasco Ribeiro, e os seus Clandestinos, mais próximos dos Zecas e Godinhos da vida do que da selvajaria rock’n’roll.
Três dias, dez bandas, excelente música. É já comprarem os bilhetes online, que sai mais barato…