Carlos Lopes
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O autor destas linhas tem já idade para ter (algum) juízo, e isso deve notar-se, assim o espero. Os seus gostos variam, como será fácil perceber. Para além da paixão pela música, o escriba deste texto é professor de Português e Literatura Portuguesa, e é assim que ganha a vida. Com a música ganha o céu, o que já não é pouco. Tem um blog há já seis anos (http://i-blog-your-pardon.blogspot.pt/) onde escreve alguma coisa para pouca gente ler.

Benjamim – As Berlengas (2024)

As Berlengas nunca existiram assim, desta forma e deste jeito. Benjamim redesenhou esse arquipélago, fez dele uma outra coisa. E assim nasceu uma obra que não cabe no mapa comum dos nossos discos e das nossas canções.

Jane Weaver – Cherlokalate (2007)

O nosso apreço por Jane Weaver é crescente. Gostamos dela e das suas múltiplas maneiras de se expressar artisticamente. Hoje, regressámos ao seu passado, a Cherlokalate, álbum muito bom em calorias musicais.

Lena d’Água lança single de antecipação de novo disco

“O que somos e o que fomos” é o mais recente tema de Lena d’Água, mítica figura da história da nossa música pop-rock. Depois do muito aclamado Desalmadamente (2019, Universal Music Portugal), a menina bonita do boom do rock português…

Sr. Chinarro – Cal Viva (2024)

Cal Viva é um disco denso, de belas canções de temas inóspitos, mas urgentes. É um disco messiânico. A verdade que transmite, no entanto, é mais diabólica do que divina.

Cowboy Sadness -Selected Jambient Works Vol.1 (2024)

É muito mais fácil ouvir do que escrever sobre Selected Jambient Works Vol.1. Mesmo assim, tal a magia que se sente nesse álbum, resolvemos arriscar. Se vos parecer etérea, a escrita, lembrem-se do verso de Sá-Carneiro: “É no ar que…

Laetitia Sadier – Rooting For Love (2024)

Laetitia Sadier é um nome que se confunde com os Stereolab. Roots For Love é o novo álbum a solo da fundadora dessa maravilhosa banda, e ouvi-lo é tão bom e reconfortante como voltar a alguns dos clássicos menos conhecidos desse coletivo, o que é o maior elogio que lhe podemos fazer.

Jards Macalé – Musicbox

Magritte não diria melhor: isto não é uma reportagem sobre o concerto de Jards Macalé. Não sendo, de facto, o que poderia ser, alguma utilidade tenho de dar a estas linhas. Sem grandes certezas, e sempre receoso de rótulos e…

Bingo Fury – Bat Feet For a Widow (2024)

Talvez seja mais ou menos assim: ou se gosta ou se odeia. Numa visão menos maniqueísta, pode ser que aos poucos toda a gente chegue lá, ao feeling musical de Bingo Fury. Mas duvidamos bastante, é um facto.

Carne Doce – Cererê (2024)

E eis que, de novo, somos tentados pelo doce prazer da carne. Chega-nos fresquíssima, fatiada em dez suculentas canções e dá pelo expressivo nome de Cererê.

Stanley Turrentine – Sugar (1970)

Voltar a Sugar é sempre um acontecimento. Um clássico do jazz que deveria ser ainda mais clássico do que é. Sem falhas, só doçura e encantamento.

Tangerine Dream – Phaedra (1974)

Ainda hoje brilha com intensidade, o disco que marcou de forma permanente a carreira dos Tangerine Dream. E brilha porque foi um marco histórico na música electrónica cósmica. Brilha porque é Phaedra.

Zé Ibarra – Marquês, 256 (2023)

Zé Ibarra deu à luz uma pequena obra-prima nos vão de escada do local onde viveu nos sofridos anos da pandemia. Desses instantes íntimos surgiu Marquês, 256, um disco que só tem beleza e prazer para nos dar.

Gruff Rhys – Sadness Sets Me Free (2024)

Depois de procurar novos deuses, Gruff Rhys foi em busca de outros caminhos. Encontrou-os em Sadness Sets Me Free, e a verdade é que sentimo-nos muito bem a trilhá-los.

Jane Weaver – Loops In The Secret Society (2019)

Loops In The Secret Society é um belo objeto sonoro, uma nave espacial onde encontramos ecos de temas de dois álbuns anteriores de Jane Weaver, agora com roupagens celestes e futuristas. Um mimo!

Tóli César Machado – Noir (2023)

Noir é um novo disco de Tóli César Machado. Esse facto, por si só, merece-nos todo o respeito. No entanto, Noir não é tão dark quanto gostaríamos, nem se projeta como banda sonora imprescindível das nossas vidas em 2023.

O que aí vem – alguns dos discos da nossa banda sonora de 2024

Nos próximos doze meses, muitos e bons discos vão fazer-se ouvir. Estamos à espera deles, pois claro, de coração e ouvidos bem abertos. Esta é apenas uma primeira aproximação sonora ao ano de 2024.

Surma – if i’m not home: i’m not far away (2023)

Surma está de volta neste final de ano. Traz-nos um inesperado pequeno presente para iluminarmos a nossa árvore de Natal.

Expresso Transatlântico – Ressaca Bailada (2023)

Foram rápidos. Chegaram e impuseram-se de forma quase imediata. Aos poucos, vão-se tornando um caso sério da arte de bem fazer boa música. Há quem olhe para eles como os novos Dead Combo, mas dão pelo nome de Expresso Transatlântico.