Entrevista com o Expresso Transatlântico, trio composto por Sebastião Varela, Gaspar Varela e Rafael Matos, que acabade lançar o primeiro longa-duração, Ressaca Bailada.
Os irmãos Gaspar e Sebastião Varela e o “quase-irmão” Rafael Matos, mais conhecidos como Expresso Transatlântico, já dão que falar desde 2021, ano em que lançaram o seu primeiro EP. Desde então, quer seja por Gaspar ser o menino-prodígio que Madonna quis levar consigo na sua tour, Madame X, por serem os bisnetos da fadista Celeste Rodrigues, pelo bombástico single – “Barquinha” – que lançaram em 2022 com Conan Osiris ou pelos explosivos concertos ao vivo que têm dado, um pouco por todo o país e pela Europa, é seguro dizer que o hype é justificado e que este Expresso Transatlântico chegou para ficar.
Dois anos volvidos desde a estreia, chega-nos finalmente o primeiro longa duração, Ressaca Bailada, que saiu no passado dia 29 de Setembro. Ao contrário das primeiras canções, que foram compostas e gravadas durante a pandemia, este disco é mais dançável, quase pedindo para ser ouvido ao vivo, o que faz sentido já que traz na bagagem 2 anos de crescimento na estrada. Ainda assim, a banda não perdeu de vista a sua premissa de formação de explorar e fundir elementos do fado tradicional com rock, blues, funáná e samba. O Altamont sentou-se com a banda numa fresca esplanada lisboeta para, entre o som de copos de imperial e de aviões a passar, perceber um pouco melhor como é que os Expresso Transatlântico propõem “dar um baile à ressaca”.
Altamont: A propósito do nome do álbum, Ressaca Bailada, queria saber se têm alguma receita para a ressaca.
Sebastião Varela: Acho que a receita para a ressaca é mesmo esse disco.
Gaspar Varela: É dar um baile à ressaca.
Rafael Matos: Calippo de lima não é?
Sebastião: A Sandra é que diz que é o Calippo de lima. E funciona, está testado.
Gaspar: Melhor ainda é ouvir o álbum a comer um Calippo de lima.
Sobre a vossa timeline, o EP saiu em 2021, passado um ano lançaram o single com o Conan Osiris e, só agora, quase dois anos depois, é que temos o disco. Houve alguma razão para este intervalo mais longo?
Sebastião: Nós felizmente tivemos um percurso de estrada fixe, depois de lançar o EP e, para além de estarmos a aproveitar isso, nós sempre tivemos como regra nossa as coisas não saírem até nós acharmos que está na altura para lançar e que estamos 100% felizes com o que foi feito. Depois, como para além de gravar a música, há que gravar os videoclips, o resto de toda a apresentação, preferimos fazer as coisas com tempo para que, quando sair, saia algo que nós estamos realmente felizes de apresentar.
Rafael: Sim, desde o início que nós não estamos com pressa, nem pressões, para nada. Acho que esse é um dos nossos segredos para a cena fluir musicalmente e mesmo noutras coisas que a banda faça, acho que isso é fixe. Não quer dizer que façamos as coisas muito tranquilamente, porque tem de haver um certo método a fazer, mas sem pressões.
Eu fiquei com a ideia que vocês começaram de forma meio orgânica, primeiro vocês os dois (Sebastião e Rafael) já tocavam juntos, depois começaram a trocar canções com o Gaspar, que estava nos Estados Unidos, mas parece-me que foi uma coisa sempre meio na desportiva, porque vos estava a dar gozo.
Sebastião: E acho que continua a ser, na realidade.
Continua a ser, ou ficou mais sério?
Sebastião: Ficou mais sério, como é natural, mas essa premissa não sai. Acima de tudo, nós temos é que estar a divertir-nos no que estamos a fazer e essa continua a ser a prioridade. Porque se não, não faz sentido.
Sobre a colaboração com o Conan Osiris, quando a lançaram em 2022 já estava pensado ser uma coisa a incluir no disco de estreia, ou foi uma coisa que lançaram e depois logo se via o que é que acontecia?
Gaspar: Nós já nessa altura estávamos a pensar fazer o álbum e achámos que fazia todo o sentido que fizesse parte. Não o chamámos «anda para o nosso álbum», chamámos para porque íamos fazer uma canção mas depois, obviamente, quando começámos a trabalhar no álbum pensámos que a música tinha que estar.
No EP já tinham convidado a Sequin para escrever e cantar uma das músicas, agora procuraram activamente repetir esta experiência ou foi uma coisa que surgiu mais organicamente? E especificamente com o Conan, como é que aconteceu?
Gaspar: Se há coisa que nos dá gozo, é tentar encontrar aquilo que Expresso é, estar à procura desse caminho. E sempre tivemos o prazer de trazer artistas de quem gostamos, a tentarem explorar a cena deles dentro da nossa cena, e o contrário também. E o Conan, acho que é um artista incrível e é uma referência para nós, sempre tivemos este “bichinho” de querer fazer uma canção com o Conan Osiris, e felizmente aconteceu.
Sebastião: Desde o início da banda que nós temos essa cena de querer chamar mais pessoas, e querer colaborar com outros artistas.
Porque apesar de serem uma banda instrumental, também fica fixe trazer…
Gaspar: … para dentro do nosso imaginário.
E acho que a música ganha imenso com isso, apesar de eu talvez achar que a guitarra perde um bocado o destaque, não?
Gaspar: Não perde.
Porque eu gosto de pensar na guitarra portuguesa como a voz das canções.
Sebastião: E acaba por ser, eu acho.
Gaspar: E a guitarra eléctrica também, agora neste álbum então.
Rafael: Eu acho que nós neste álbum preocupámo-nos mais em deixar espaço, principalmente para a guitarra do Sebastião e para a guitarra do Gaspar colaborarem mais, se calhar no EP não acontecia tanto isso, mas no álbum tivemos essa preocupação de elas falarem uma com a outra.
Como tem sido a experiência de tocarem as vossas canções, as antigas e as novas, ao vivo nesse percurso de estrada que disseste que tem sido tão proveitoso?
Rafael: Nós começámos a tocar três malhas do disco antes de sequer lançarmos outro single, sem ser a “Barquinha”, e a reacção das pessoas nessas músicas novas, que elas nem conseguiam ouvir depois, nem conseguiam ouvir antes…
Sebastião: Quer dizer, a “Barquinha” já tinha saído.
Rafael: Sim, sim, mas o “Gangster” e a “Bombália” tocávamos e ainda ninguém tinha ouvido. E a reacção era muito fixe, vinham pessoas ter connosco depois dos concertos a dizer «eia aquela música é mesmo bacana», às vezes a cantarem malhas da guitarra do Sebastião ou do Gaspar.
Gaspar: Nós fizemos uma versão do “Eu Dantes Cantava” da nossa avó, a Celeste [Rodrigues], adaptámos isso numa versão a convite da Antena 1, porque foi o centenário da nossa avó e a Antena 1 decidiu pegar em vários artistas para fazer versões de músicas dela, e nós fizemos do “Eu Dantes Cantava”, começámos a tocar isso ao vivo e teve bué piada porque o pessoal às vezes no fim da malha continuam a cantar.
Sebastião: E é engraçado, porque é uma música que vive ao vivo só, a única gravação é essa que fizemos na altura mas não está disponível nas plataformas.
Rafael: É uma música que as pessoas não ouvem, de todo, e chegamos aos concertos, no 2º refrão já está toda a gente a cantar, isso é incrível.
Eu acho que é muito fixe quando o pessoal canta o instrumental.
Sebastião: Sabe bué bem!
Ainda sobre tocarem ao vivo, constou-me que em Paredes de Coura, o baterista de Kokoroko estava no side-stage a ver-vos e até deu um props ao Gaspar.
Gaspar: Sim! Nós tínhamos estado com ele no backstage antes e fomos dar uma volta ao recinto com ele, foi brutal, não acredito que estamos aqui a desfilar com ele – fora outras histórias, que não podemos contar – mas eu disse-lhe «não podemos ir ao teu concerto porque vamos estar a fazer o som, mas se quiseres vem ver o nosso». E estávamos a tocar essa, “Eu Dantes Cantava”, e eu saio e vou ter com o público, e quando estou a ir vejo que o gajo está ali na lateral a ver e quando voltei ele deu-me um granda props.
E que feedback é que têm recebido de malta estrangeira que encontra a vossa música, sobretudo ao vivo?
Sebastião: O melhor exemplo que nós temos disso foi quando fomos tocar à República Checa, este Verão, num festival que é o Colours of Ostrava, que é um festival gigante, e nós estavamos curiosos, no mínimo, para ver como é que este tipo de música funciona lá fora…
Gaspar: Mas depois é música sem letra, portanto…
Sebastião: Ainda continuamos a perceber como é que funciona cá, quando mais lá fora.
Rafael: E aconteceu o mesmo na “Eu Dantes Cantava”, por acaso o único vídeo que há de Ostrava é de uma pessoa que estava no público e aconteceu a cena do refrão.
Gaspar: Obviamente estavam lá dois tugas com a bandeira de Portugal e assim que se faz silêncio só se ouve: «toca a ‘Casa da Mariquinhas’», ahahahah, obrigado, não estava à espera.
Sebastião: Foi mesmo à tuga, eram os únicos, estavam todos vestidos de vermelho e verde, com uma bandeira.
Mas acham que por ser música instrumental, é mais fácil de conseguir adesão no estrangeiro?
Sebastião: Há uma barreira que não existe.
Gaspar: Não é fácil. Acho que é um mercado diferente.
Rafael: Mas não há a barreira da língua, logo isso acho que pode facilitar um bocado, não quer dizer que seja fácil.
[Pausa para cumprimentar o pai de Rafael Matos, que passou pela esplanada onde estávamos a a fazer esta entrevista. Depois a conversa foi parar aos Estados Unidos, à nova Sphere de Las Vegas e às festas dos Santos Populares em Nova Iorque]
Gaspar: Se há uma coisa em que eu curtia tocar, era em Nova Iorque. Nós temos os Santos Populares aqui, e há uma comunidade portuguesa gigante em Nova Iorque, eles fazem a festa dos Santos Populares, que é enorme.
Então tocar nos santos populares em Nova Iorque é um objectivo?
Sebastião: Tocar nos Santos Populares em Portugal é um objectivo, sem dúvida,
E podemos esperar ver-vos algum dia a tocar em Alfama, em espaços tipo a Mesa de Frades? Acham que haveria abertura para isso?
Sebastião: Eu acho que sim, principalmente na Mesa de Frades.
Gaspar: Por nós sim, é tipo a minha casa. Acho que tinha imensa piada montar lá um PA.
Rafael: Aquilo é lindo, é incrível.
Sebastião: Era capaz de cair, era um bocado problemático. Era capaz de vir abaixo…
Sobre a “Gangster”, que dedicaram aos Dead Combo e em especial ao Pedro Gonçalves, como foi essa decisão de fazerem a dedicatória? Escreveram primeiro a música e depois é que pensaram em dedicá-la, ou já a escreveram a pensar nesse assunto?
Sebastião: Quem fez aquela malha inicial, o “ta num na nan”, foi o Gaspar e da primeira vez que ele partilhou isso connosco, tinha só mesmo isso, e disse «ei olha lá, isto não é bué Dead Combo?» [risos]
Gaspar: E depois foi muito uma cena sentimental, quisemos mesmo puxar por aí, quisemos prestar homenagem… homenagem e agradecimento, tanto à banda como ao Pedro, é um misto dos dois.
E como é que foi o concerto de homenagem, no outro dia no Teatro São Luiz?
Gaspar: Foi lindo, foi incrível. Acho que toda a gente que estava em palco e toda a gente que estava no público estava a precisar de fazer o luto daquela maneira.
Sebastião: Enquanto pessoa que estava no público… primeiro, fui para lá sem saber o que é que ia ver, já sabia que ia ouvir ali um espectáculo musical incrível, por causa dos convidados todos, já sabia que a esse nível ia ser um espectáculo incrível, mas foi ainda mais do que isso, fiquei… aquela cena de o queixo ficar a tremer um bocadinho, do género «vá, não comeces a chorar agora em frente às pessoas, que é só estranho». É intenso, estás a ouvir aquelas músicas ao vivo outra vez…
Gaspar: E é a última vez que estás a ouvir aquelas músicas ao vivo. E ver a quantidade de pessoal que estava em palco para o Pedro.
Sebastião: Principalmente enquanto fã, estava lá malta… o Alexandre Frazão, o Peixe, tu estás a ver esta malta que para mim são grandes referências, a terem em cima do palco o mesmo sentimento que eu estou a ter, no público, aquela cena de «que fixe, estar a fazer isto», e isso sente-se – e estou a arrepiar-me a dizer isto – porque sentias mesmo que toda a gente que estava ali queria mesmo estar ali, e quis dar o melhor possível para fazer aquilo acontecer. Foi lindo, lindo, lindo, bastante emocionante, mas feito com muito cuidado, não foi daquelas coisas para cair em sensacionalismos, nada disso.
Gaspar: A cena mais chocante é o Tó [Trips] a despedir-se da personagem, ele aparece em palco uma única vez para se despedir, e nem aparece, é uma sombra, ele a tocar com a sombra a ser projectada, é uma cena que tu ficas mesmo… primeiro, tiro o chapéu – literalmente – ao Tó, porque coragem para fazer aquilo, não é para todos. A banda acabou por um motivo daqueles e do nada tu fazes uma cena e estás a despedir-te, é horrível.
Sebastião: As pessoas que lá estavam eram pessoas que os acompanhavam, que de certa maneira partilham um bocado desse sentimento também, por isso é que eu acho que a cena foi tão bem feita, toda a gente ali tinha alguma coisa a dizer sobre aquilo e fazia parte.
Gaspar: No segundo concerto, assim que fecharam as cortinas, o pessoal ficou todo em palco. Foi o último – fizemos dois – e parecia que estávamos num clube e o pessoal não queria sair de palco.
Rafael: E foi uma banda muito importante para nós por terem aberto aquelas portas, nós nunca esperávamos ver uma banda instrumental a atingir o patamar que os Dead Combo atingiram, era sempre aquela cena «é uma banda instrumental, é impossível porque não tem voz».
Sebastião: Música de elevador.
E vocês consideram-se herdeiros dos Dead Combo?
Gaspar: Acho que não é justo para os Dead Combo.
Sebastião: Não é justo para ninguém, na realidade, obviamente que é uma grande influência nossa…
Gaspar: É a minha banda preferida.
Sebastião: … como tantas outras bandas. Tem esta particularidade de ser uma banda instrumental, talvez no primeiro EP tem alguma coisa que tu podes perceber essa referência, mas eu não me considero herdeiro de ninguém, nem me quero considerar herdeiro de ninguém.
Gaspar: Porra, nem é justo para os Dead Combo, estiveram aí anos e anos a construir a cena deles e depois aparecem uns putos, que soam mal como tudo, e eles ainda são os herdeiros? Coitados, estamos a destruir o trabalho deles.
Sebastião: Ninguém vai herdar aquilo porque aquilo é uma cena super única, que funcionou com aquelas duas pessoas e não vai funcionar com mais ninguém, porque aquilo é deles, aquilo são eles!
E não vale a pena tentar repetir, não é?
Gaspar: Vale a pena fazer homenagens, vale a pena agradecer o trabalho que eles fizeram. E não só enquanto artista mas enquanto pessoa, eu cresci a ouvir Dead Combo, e é uma maneira de agradecer, obrigadão por nos terem influenciado, por estarem presentes na minha vida, no meu crescimento.
Numa entrevista recente, disseram que este disco é “mais aberto e mais dançável”. O que vos levou a começar a explorar ritmos diferentes?
Sebastião: Acho que foi tocar ao vivo.
Rafael: A energia que as pessoas passavam durante as músicas, mesmo do EP, que nós tocávamos, eu acho que isso passou muito para nós e, quase subconscientemente, enquanto compúnhamos sempre demos muito mais esse lado de dança e de festa.
Gaspar: Que é o que o pessoal precisa, ainda por cima vivendo em Lisboa, tristeza já chega. Portanto acho que o pessoal precisa de, ali numa hora ou duas em que pode estar a ouvir o álbum ou vai ver o concerto, precisa de desanuviar a cabeça.
Sebastião: E dar um baile à ressaca.
Rafael: Mas eu acho que os concertos ao vivo nos ajudaram a encontrar esse caminho.
Sebastião: Acaba por ser também a cena de estarmos a fazer aquilo que nós já sabemos que vamos querer estar a tocar ao vivo, há lá músicas que eu estou mortinho para tocar.
Ao vivo, suponho que as versões sejam próximas do que ouvimos no novo disco, ou há inovações?
Sebastião: Há um arranjo ou outro, em coisas específicas, mas acaba por ser muito o disco, depois com a particularidade de estar a ser tocado ao vivo, e a música tocada ao vivo vive muito da reacção do público, da energia que o público dá, mesmo a maneira como a música é estruturada, às vezes. Até temos esta brincadeira, que o Gaspar acaba uma música para aí 4 vezes, acaba depois dele continua [risos]. Estamos nós todos, «é desta, bora?», depois ele continua.
Gosto dessa ideia, de escreverem já a pensar como é que a coisa vai soar ao vivo.
Sebastião: Pelo menos este, foi muito isso.
Rafael: No primeiro EP, nós nunca tínhamos tocado juntos, foi feito na pandemia, e eu acho que ainda estávamos muito à procura de a que é que soava Expresso Transatlântico. E estes concertos, eu falo por mim, acho que evoluí bastante enquanto músico, e eles também, nós conhecemo-nos mil vezes melhor do que há dois anos.
Agora queria mudar de assunto e perguntar-vos sobre os videoclips. São todos realizados pelo Sebastião e é claro que o cinema é um lado importante na vossa música, na construção de toda a estética. Vocês já fizeram filmes para a música, será que poderemos ver Expresso Transatlântico a fazer música para filmes?
Rafael + Gaspar: Adorava!
Sebastião: Espero mesmo que sim, é daquelas coisas que eu amava fazer.
De um filme teu, especificamente, ou de qualquer filme?
Sebastião: Não sei. Adorava fazer uma banda sonora, adorava que nós enquanto Expresso Transatlântico fizéssemos.
Rafael: Dizem que nós soamos muito a um filme do Tarantino, estamos sempre a ouvir isso.
Se fossem convidados para fazer a banda sonora de um filme, de que realizador gostavam que fosse?
Sebastião: Isso é uma pergunta tão complicada… Um Jodorowsky, era uma cena que se enquadrava bem, acho.
Sendo tu, Gaspar, do fado, tendo começado no fado mais clássico, há aqueles puristas que acham que o fado tem que ser como era antigamente e olham com muito maus olhos as coisas que, por exemplo, a Ana Moura anda a fazer. Tens alguma opinião sobre isso?
Gaspar: Desculpem-me a expressão, mas estou-me a cagar, mesmo a cagar. A vida é minha, as decisões são minhas.
Sebastião: E visões conservadoras não faz parte da temática de Expresso Transatlântico.
O que é que podemos esperar dos concertos de apresentação, 12 de Outubro no B.Leza e 14 de Outubro no Plano B?
Rafael: Um alinhamento novo é certo. Nós estamos mesmo com muita vontade de o tocar, mas também temos sempre a preocupação a nível cénico e estético, acho que as pessoas têm que ir viver uma experiências, queremos que as pessoas saiam do concerto felizes e preenchidas, então é uma preocupação nossa e estamos a trabalhar nisso, vão poder ver coisas novas.
Sebastião: E acima de tudo, muita vontade da nossa parte, de estar a fazer estes concertos. Muita mesmo.
Fotos: Duarte Pinto Coelho