Após um mês de residência artística na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, Alex Zhang Hungtai, conhecido por Dirty Beaches, apresentou em Lisboa um concerto único no Teatro Maria Matos, intitulado de Landscapes in the Mist.
Pela terceira vez na capital e com mais uma pequena passagem por Barcelos, na última edição festival Milhões de Festa, Dirty Beaches prometeram duas horas de música inspirada na capital, o que bastou para esgotar a sala nessa quinta-feira.
Com o subir do pano, somos confrontados com um pequeno exército mal semeado de televisões que passavam, em loop, com vídeos de mercados, viagens de comboio e momentos do quotidiano que, mais tarde, se iriam mostrar úteis para quem decidiu não abandonar a sala nos momentos mais parados do concerto.
A noite não chegou a ter duas horas mas foi suficiente para envolver o público do Maria Matos na promessa de névoa Lisboeta de Hungtai, que se fez acompanhar pelo seu saxofone e guitarra eléctrica, por André Gonçalves no sintetizador modular e Shub Roy na guitarra eléctrica.
Landscapes in the Mist, título de um tema de Drifters/Love Is The Devil, último longa-duração da banda que foi lançado o ano passado, foi o único tema apresentado nessa noite. Apesar dos seus altos e baixos, nem o transe que se criou escondeu o descontentamento do público. A música, por vezes um pouco difícil de digerir, ficou um pouco aquém das expectativas criadas pelo conceito tão apaixonado de Alex Hungtai.
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(Fotos gentilmente cedidas por Luís Martins)
