Na consagração dos seus vinte anos, os Explosions in the Sky visitaram um bocadinho de cada um dos seus lugares felizes.
Chromatics – Closer To Grey (2019)
O último trabalho dos Chromatics tem uma dualidade de constrastes de cores e ambientes que se propaga por todo o disco e nos devolve à realidade com uma aura de um cinzento mais reluzente.
Vem Aí Festival: Amplifest 2019
Entre 12 e 13 de Outubro, a Amplificasom toma de assalto a sua casa de sempre, o Hard Club, na cidade do Porto, acompanhada de nomes como Daughters, Pelican, Deafheaven, entre outros.
Cate Le Bon – Reward (2019)
Em Reward, a solidão deixa de ser um bicho feio: Cate Le Bon transforma-a numa glorificação da independência e da mudança, num álbum coeso onde funde gentilmente a nostalgia de um passado feliz e a reconstrução de um novo presente.
Red Fang || Lisboa ao Vivo
Para palatos tão refinados como grosseiros, nada como contrariar a pacatez de um domingo soalheiro e ventoso com um digestivo americano de nome Red Fang.
Mono – Nowhere Now Here (2019)
Ao décimo álbum de estúdio, os japoneses Mono concentram-se em fazer-nos sentir em casa com melodias acolhedoras e caseiras.
Low || Lisboa ao Vivo
Românticos incuráveis, os Low apresentaram o mais recente Double Negative, sempre envoltos num pano de melancolia que desencorajaria qualquer crente.
The Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967)
Sgt. Pepper foi o auge da excentricidade dos Beatles. Em pleno Verão do Amor de 67, a criatividade da banda de Liverpool levou-os mais longe do que eles próprios, marcando a história da música com um dos melhores e mais complexos álbuns de sempre.
Super Bock Super Rock: há novidades no cartaz e no festival
Super Bock Super Rock: há novidades no cartaz e no festival
José Gonzalez || Aula Magna
José González é um nome que já nos é familiar, mas é a sua voz que torna inconfundível. Dois anos volvidos desde o lançamento do último álbum Vestiges & Claws, que serviu de desculpa à sua anterior passagem pela capital, o músico regressou na quarta-feira passada a Lisboa para uma noite de casa quase-cheia na Aula Magna.
Surgindo tímido e desacompanhado, González esclareceu desde o início a diferença entre a concepção cliché do “gajo com a guitarra” e o artista singelo, fugindo sorrateiramente a esse estilo pré-definido. Pois bem, o também membro dos Junip não é um gajo qualquer: o seu característico tenor sussurrado e os seus acordes doces (ocasionalmente a fazer lembrar a densidade da guitarra de Norberto Lobo, por exemplo) disputam assim os corações do público mas é a fusão dos dois que o retira da lista de lugares-comuns da música.
O repertório escolhido não mostrou preferências entre álbuns, houve um pouco do mais recente, um tanto ou quanto de In Your Nature e um outro tanto de Veneer, o mais velhinho dos três LPs. Mas acabou por ser o público a decidir, com base nas mais audíveis reacções, que seriam Crosses ou Killing For Love, a par e par com as covers Heartbeats (The Knife) e Teardrop (Massive Attack), as últimas já reservadas para o encore.
Entre as faixas do alinhamento, é possível que alguém se perca entre sonoridade demasiado semelhantes, mas é também inegável a capacidade dessas mesmas canções guiarem os transeuntes do espectáculo por cenários idílicos, numa escuridão diferente da que cai sobre a Aula Magna. Aliando a sua herança sueca e a sua influência da Argentina (país de onde saiu com apenas um ano de vida), Gonzalez faz música embebida em memórias – suas e de outros passageiros desta vida. Talvez por isso, neste caso específico, o preferisse antes ver num contexto de festival (e acho que nem nunca preferi tal coisa), mas apenas para o poder ouvir num final de uma tarde de verão, arrefecida pelo pôr-do-sol.
Há uma quantidade generosa de engenho que o músico deposita na sua arte. E é assim, com maturidade nas suas palavras e doçura nas cordas, que José González nos proporciona uma noite nostálgica, que nunca chega a ser triste, porque temos sempre a sua voz para nos reconfortar.
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