David Bowie – Blackstar – 8 de Janeiro
O ano não podia arrancar melhor do que com o regresso do Imperador Camaleónico que dominou o nosso imaginário nos últimos 50 anos. Blackstar estará nas ruas a 8 de Janeiro e mostra que The Next Day, de 2013, não foi um último grito solitário, mas sim o arranque de uma ânsia criativa que teve consequência. Já se ouviram sons e imagens do novo disco (aliás, já anda por aí nas piratadas), e o que fica é uma sensação de desconforto e de aventureirismo que promete fazer de Blackstar um dos discos marcantes de 2016.
Eleanor Friedberger – New View – 20 janeiro
Será o terceiro disco a solo desta metade dos inactivos Fiery Furnaces, e isto desde 2011. Foi no álbum anterior, Personal Record, que nos agarrou definitivamente. E, pelo que já ouvimos deste novo disco, vai de novo valer a pena escutá-la com atenção. New View promete-nos mais pop maduro, fresco e inteligente, como aliás já pudemos confirmar com a música de avanço do disco, “He Didn’t Mention His Mother”.
Savages – Adore Life – 22 janeiro
É o regresso de uma das bandas mais acarinhadas pelo público português. As londrinas marcaram a sua posição com Silence Yourself, a estreia de 2013, e voltam com Adore Life. Que o título não nos sugira que tenha desaparecido aquela agressividade punk-gótica da estreia. Já é conhecido o vídeo de “The Answer”, do novo disco.
Suede – Night Thoughts – 22 de janeiro
Os londrinos oferecem-nos o seu sétimo álbum, Night Thoughts, depois de em 2013 terem regressado, com o excelente Bloodsports, de um longo interregno de perto de 10 anos. O disco foi apresentado ao vivo em Novembro e será acompanhado de um filme do fotógrafo Roger Sargent. Já são conhecidos temas e respectivos vídeos do novo trabalho, prometendo retomar as coisas onde o disco anterior as havia deixado.
Animal Collective – Painting with – 19 Fevereiro
É o primeiro disco destes nossos queridos freaks desde Centipede Hz, de 2012. O título vem da inspiração para a obra, a pintura nas versões do cubismo, do dadaísmo e de outras correntes dominantes no século XX. A bordo desta aventura está também John Cale, que nunca teve medo de experimentalismos. Está em boa companhia.
Santigold – 99 cs – 26 Fevereiro
Quando saiu o seu disco de estreia, Santogold, em 2008, ficámos perante uma promessa, de que Santi White seria a nova esperança de um som que juntava funk, pop e soul com batidas electrónicas e um cheirinho de hip-hop, prontinha para dominar a cena musical. O segundo disco tirou-lhe boa parte do gás, e resta agora o terceiro disco, este 99 cents, para desfazer as teimas. No caldeirão estão colaborações promissoras com David Sitek, dos Tv on the Radio, e Rostam Batmanglij, dos Vampire Weekend.
Jeff Buckley – You and I – 11 de Março
Já passam mais de 20 anos desde a edição do mítico Grace, que Buckley deixou ao mundo como testamento do seu extraordinário talento musical. Depois da sua morte, vários discos foram editados, mas afinal havia mais. You and I são gravações de 1993, numa das suas primeiras sessões de gravação para a editora Columbia. São 10 temas, a maioria covers (duas de The Smiths, por exemplo), e dois originais: “Grace” e “Dream of You and I”. Mais do que demos, são efectivamente gravações de qualidade de estúdio, provavelmente a última música “nova” que iremos ouvir deste grande músico.
Primal Scream – Chaosmosis – 18 de Março
O anúncio da volta de Bobby Gillespie e comparsas foi feito há pouco tempo. Chaosmosis é o primeiro disco dos Primal Scream em três anos e será composto por 10 temas originais. A banda anunciou ainda que passará boa parte do ano na estrada, a promover o novo trabalho. Sky Ferreira foi uma das artistas que colaboraram na gravação de Chaosmosis.
Charles Bradley – Changes – 1 de Abril
Depois de, no ano passado, ter incendiado o palco de Paredes de Coura, o veterano norte-americano está prestes a voltar aos discos. No dia das mentiras, é bem verdade que chegará às lojas Changes, que será apenas o seu terceiro disco de originais.
Sr. Chinarro – El Progreso – Abril
Está prometido para Abril o regresso aos discos do prolífero Antonio Luque. O espanhol já tem marcado para o final desse mês o concerto de apresentação de El Progreso, sucessor de Perspectiva Caballera, de 2014. Espera-se, como habitualmente, mais um tratado de bom pop adulto, cantado na língua de Cervantes.
Bon Iver
O regresso de Justin Vernon aos discos ainda é matéria, sobretudo, de especulação. O que se sabe é que tem trabalhado em estúdio, marcou datas ao vivo para este ano e, recentemente, estreou em concerto duas músicas novas, sem título conhecido. 2016 é a data apontada pela imprensa especializada, mas o secretismo e a imprevisibilidade de Vernon pode baralhar tudo de novo.
Bruce Springsteen
O boss já tem este ano planeado. Primeiro, vai andar em digressão a celebrar a reedição especial do seu clássico The River. Depois, pretende lançar um disco a solo, ou seja, sem a sua habitual E Street Band, e volta à estrada para uma série de concertos sozinho, em cima do palco. Para já, não há data nem nome.
Capitão Fausto
Os pontas de lança do novo rock português não desarmam, e voltam em breve aos discos. A banda esteve nas últimas semanas em estúdio para preparar o seu terceiro disco, depois dos fortíssimos Gazela (2011) e Pesar o Sol (2014).
Frankie Chavez
O português revelou recentemente à Blitz que um novo disco está nos seus planos para este ano. “Tenho estado a trabalhar em músicas que são muito orgânicas e muito acústicas e noutras mais rock n roll e explosivas”, revela o músico, cujo último disco, Heart & Spine, data de 2014.
The Good, The Bad and The Queen
Não há data, é certo, mas é dado como garantido que é em 2016 que a banda de Damon Albarn, Paul Simonon, Tony Allen e Simon Tong regressa com o segundo disco, para já sem nome.
Gorillaz
Como habitualmente, Albarn não para. Depois de, nos últimos anos, ter editado a solo e ressuscitado (em grande forma) os Blur, 2016 vê-lo-á ocupado com os Gorillaz, silenciosos desde The Fall, de 2010. A edição do disco é certinha, mas infelizmente ainda não há data.
James Blake – Radio Silence
O enigmático Blake tem alguns fãs acérrimos aqui no Altamont, e em 2016 vai ajudar a matar as saudades. As sessões para Radio Silence contaram alegadamente com a colaboração de Kanye West e Justin Vernon (Bon Iver), mas Blake já deixou no ar o mistério: esse material pode nem sequer figurar no novo disco. O cover de “The Sound of Silence” tem servido de aperitivo, mas também este tema pode ficar de fora de Radio Silence. Não há data oficial de edição.
Jimmy Page
Acabada que está a gigantesca tarefa de remisturar e reempacotar todo o magnífico catálogo dos Led Zeppelin (com algumas novidades perdidas), Page encerrou de vez um capítulo da sua vida. Agora, prepara-se para lançar um raro álbum a solo, o primeiro desde 1988. A única coisa que o mago da guitarra disse à imprensa é que tem estado a trabalhar em algo de muito diferente do que as pessoas estão à espera.
Kanye West – Swish
Será desta? O controverso rapper norte-americano, um dos mais talentosos e polémicos músicos da sua geração, anda com este projecto há vários anos, mas tem adiado a data de edição do disco por, alegadamente, este não estar suficientemente perfeito. Em Dezembro, surgiram informações de que o disco está para breve, e pode mesmo chegar de surpresa. O trabalho assenta, como habitualmente, numa miríade de colaborações e num intrincado trabalho de mistura. Quem sabe o que se pode esperar de Kanye?
The Last Shadow Puppets
É certo que este ano nos trará o sucessor de The Age of the Understatement, a estreia de 2008. A banda de Alex Turner e Miles Kane tem lançado uma série de ‘teasers’ em formato vídeo, e tudo aponta para que o disco esteja cá fora ainda durante o primeiro trimestre de 2016.
Metallica
É certo e sabido que a banda tem estado em estúdio e que o trabalho está a avançar bem. O guitarrista Kirk Hammet já disse que o disco deverá sair este ano mas que até pode ficar para 2017, se as coisas atrasarem. Para já, sabe-se apenas, nas palavras do músico, o trabalho está a seguir a tendência de Death Magnetic, o anterior disco, já do longínquo ano de 2008 (se excluirmos a bizarria do disco com Lou Reed).
Nine Inch Nails
Trent Reznor, que até já disse várias vezes que ia acabar a banda, anunciou recentemente que os Nine Inch Nails vão editar música nova este ano. Não se sabe o formato, nem o estilo, mas os reis do gótico industrial moderno vão voltar a fazer-se ouvir.
Orelha Negra
Os Orelha Negra, de Fred e Sam the Kid, entre outros, apresentam já este mês o seu novo disco. Dia 16, a festa é no CCB, em Lisboa, seguindo-se data no portuense Hard Club, a 30 de Janeiro. A edição do novo trabalho, cujo nome não é conhecido, pode até ser editado depois desses concertos, estando a ser alvo dos toques finais. O objectivo deste supergrupo é mesmo manter tudo em segredo até ao confronto com o público.
PJ Harvey
Let England Shake abanou Inglaterra e não só há uns cinco anos. Que esteve a gravar um disco não é segredo; aliás, o processo pôde ser visitado pessoalmente, como num museu, com Harvey e comparsas como John Parish entretidos no trabalho enquanto os visitantes observavam. Uma coisa é certa, até porque a artista já o avisou: vem aí mais um álbum carregado de política. Esperemos que traga também poesia e a única visão artística a que ela já nos habituou.
Phoenix
Com Wolfgang Amadeus Phoenix, de 2009, os franceses subiram de divisão com o seu pop-rock de bom gosto contagiante. Bankrupt, de 2013, manteve a forma mas não gerou ondas, mas nunca é tarde para que os Phoenix cumpram a promessa de voltar a fazer-nos dançar e curtir com as suas canções. Apesar de tudo, não há ainda confirmação oficial do lançamento.
Radiohead
Mais uma das grandes dúvidas musicais do ano. Os membros da banda estiveram em estúdio e deram declarações públicas em sentidos contrários, pelo que se sabe apenas que há muito material gravado, e que a banda está em processo de o avaliar. Para um conjunto que gosta de surpreender, nos formatos e na própria forma de vender a sua música, tudo pode mesmo acontecer de repente, e sem aviso.
Real Estate
Não há data nem nome de novo disco, mas os Real Estate revelaram, no início de Novembro, estar a escrever muitas canções e a passar tempo no estúdio. Parece que o sucessor do magnífico Atlas, de 2014, pode mesmo estar a caminho.
Roger Waters
Waters gosta de apanhar as pessoas e a indústria de surpresa, mas há quem aposte que é desta que volta a editar música nova. Anda há anos a falar de um disco, “feito de canções e também de teatro”, e chegou mesmo a, em 2015, apresentar ao vivo uma nova canção, o que levou ao aumento dos rumores. Waters nada diz, e mesmo que edite pode não ser nada daquilo que se esperava. Seja como for, será que é desta que Roger Waters nos dá o primeiro disco de originais desde 1992?
The Shins
Pouco mais há que do que pistas, como fotos no Instagram da banda mostrando os músicos no estúdio. O antecessor, Port of Morrow, já é de 2012, pelo que é de esperar novidades durante este ano.
Sigur Rós
Os islandeses já estiveram em estúdio a preparar o sucessor de Kveijur, de 2013, e já pediram aos fãs para terem esperança e para confiarem no rumo que o seu som está a tomar. Não há muita informação disponível, mas sabe-se que haverá disco, e não necessariamente composto totalmente por temas novos.
Spiritualized
O oitavo disco do projecto de Jason Pierce está em marcha há um ano, quando Youth foi designado produtor oficial, mas desde então pouco mais se soube. A última metade do ano trouxe os Spiritualized de novo aos palcos, onde aproveitaram para testar algumas músicas novas, que poderão encontrar um lar num novo álbum.
The Strokes
Amam-se e odeiam-se (sobretudo isto). Os membros dos Strokes têm disparado em todas as direcções, isoladamente, mas sejamos francos, o que nós queremos é um bom novo disco da banda que ressuscitou o rock ‘n’ roll na viragem do século, com o icónico Is This It. Os últimos discos, mais pop e mais electrónicos, têm dividido a opinião dos fãs. Agora, os rapazes de Nova Iorque deram uns concertos juntos e passaram tempo em estúdio, pelo que são uma das apostas fortes para este ano, ainda que oficialmente não tenha sido confirmada a edição de um álbum novo.
Throes + the Shine
Também os portugueses Throes + The Shine estão em estúdio, na fase de misturas do seu novo disco, que sucede ao contagiante Mambos de Outros Tipos, de 2014.
Tool
Um novo disco de Tool está quase ao nível do mito urbano, tão desejado, tão comentado e tão desmentido foi ao longo dos anos. Mas agora essa hipótese parece mais perto do que nunca. A banda está de novo a tocar junta, já mostrou ao vivo parte de uma música nova e já esteve mesmo em estúdio, recentemente. Para já é tudo, mas deverá chegar para dar mais esperança aos irredutíveis fãs dos Tool.
The xx
Boa parte da gravação do terceiro disco dos ingleses XX estará já concluída, no que marcará o regresso aos discos da banda desde Coexist, de 2012. Jamie XX tem estado em alta mas voltou agora a juntar-se aos seus antigos companheiros e têm saído notícias de tempo de estúdio e até de misturas em andamento.