
Bonita e delicada. Falamos de Marissa Nadler mas poderíamos falar das suas canções, espelho de uma artista tímida que se apresentou em Lisboa no passado domingo, para um concerto numa muito composta Galeria Zé dos Bois (ZDB).
July, o disco deste ano, foi o mote principal mas não único. Em palco, Marissa, voz e guitarras, é acompanhada apenas por uma violoncelista. Fala baixo com a plateia mas canta como gente grande. Serena mas intempestiva, Marissa Nadler é uma das figuras maiores de 2014 da folk e derivados. Não é difícil de perceber porquê: as canções são ótimas, difíceis mas recompensadoras.
A experiência ao vivo não é fácil. Pouco mais de dez faixas e um único encore, com uma versão de Townes Van Zandt, chegam para fecharmos a semana atormentados, mas de barriga cheia, musicalmente falando. Não foi uma noite de domingo leve a ver na televisão o “Factor X” ou debates sobre a jornada futebolística, evidentemente. Mas ninguém que se deslocou à ZDB ia à espera de festinhas no íntimo.
Fotos gentilmente cedidas por Luís Martins


















