
Não é muito habitual de mim aplaudir em concertos aos quais vou em trabalho. Sinceramente,não sei porquê, mas muitas vezes sinto que é algo desnecessário. Esforço-me mais, até, por ouvir os aplausos e elogios de outros dirigidos ao artista.
Na Sala 2 da Casa da Música, um espaço indubitavelmente magnífico, a banda de Manuela Azevedo, já com 24 anos de experiência musical, entra em palco em frente a um público reconhecedor de bom talento, e é com um aplauso caloroso que este recebe os Clã. Não posso mentir, apesar de ser ainda possuidora de uma voz e presença em palco espetaculares, a menina Manuela parece ter envelhecido uns 10 anos nos últimos 5 anos. Reparei, primeiro, nisto, quando passei por ela à saída da casa de banho do bar, antes do concerto, e não a reconheci até a ver entrar no camarim da banda. Ainda assim não estava certo de que fosse ela, até a ver entrar em palco.
No entanto, as aparências iludem, como todos sabemos. E foi com espanto que aplaudi todas as músicas que vi a banda tocar, nas quais a vocalista parecia ter, novamente, rejuvenescido os mesmos 10 anos.
Com uma performance de respeito, recebida por uma audiência respeitável, os Clã apresentaram o seu novo álbum, lançado há dois meses atrás, Corrente, que conta com temas onde Manuela Azevedo apresenta letras e vocais das mais fortes que possamos ouvir da parte dela,acompanhados pela harmonia fenomenal do resto desta completíssima banda.
((ALINHAMENTO: Curto Circuito/Também Sim/Basta/A Paz Não Te Cai Bem/G.T.I/Outra Vez/Aqui Na Terra/Sexto Andar/Canção de Água Doce/Zeitgeist/Conta de Subtrair/Teima/Outro Mundo/A Ver Se Sim/Sopro/Rompe o Cerco/Corda Bamba/Museu do Mundo/Artesanato/Problema de Expressão/Fahrenheit/Quase Um Quasar/Lado Esquerdo/Asas Delta/A Paz Não Te Cai Bem))
Texto: Eduardo Marques
Fotos: Daniela Silva





















