Foram cinco longos anos entre Lady Cobra e Homem Elefante. Cinco longos anos em que o primeiro disco dos portugueses Riding Pânico maturou e consolidou-se como intornável pedaço do rock recente no espaço luso. Instrumental, rijo, melódico, intenso e orgânico, o rock dos Riding Pânico regenerou com a novidade por estes dias editada – e apresentada ao vivo na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, no passado sábado.
A lotação esgotada foi o mote e a segurança necessária para uma noite quente a todos os níveis: a sonoridade dos Riding Pânico potenciou o calor do aquário da Zé dos Bois e não foi pouco o suor, em palco e fora dele. A sonoridade abrasiva e o rock intenso, mais rápido aqui ou mais atmosférico ali, faz dos Riding Pânico um caso pouco comum de fulgor instrumental em Portugal.
Os Riding Pânico são atualmente compostos por Carlos ‘BB’, Makoto Yagyu, Jorge Manso, João Nogueira, João ‘Shela’ Pereira, e Fábio Jevelim. Músicos que tocam noutras bandas (PAUS, If Lucy Fell, por exemplo) e que têm a virtude de, com Riding Pânico, aliarem perícia e técnica individual a uma noção de banda e conjunto que à partida poderia não resultar.
Homem Elefante merece ser escutado e os Riding Pânico merecem muito. Longa vida ao rock.
(Primeiras fotos de Quelle Dead Gazelle)
(Foto: Mafalda Alvarez)