Há quem já vá contando os dias e as horas. Há quem roa as unhas e quem tenha dificuldade em adormecer. O NOS Alive 2018 está a chegar e o entusiasmo cresce a olhos vistos! Mas tenham calma. O Altamont, para vosso sossego e tranquilidade, diz-vos o que de mais importante vai acontecer no maior Festival de Música do país.
É já daqui a dias que a edição NOS Alive 2018 começará a ganhar corpo e forma. Até lá, tudo não passa (como se isso fosse pouco) de datas, horas, nomes e palcos. Assim, e com a intenção de vos dar a nossa opinião sobre o que vai mesmo valer a pena ver e ouvir, aqui vos deixamos estas breves linhas de orientação. Recordamos que esta décima segunda edição do NOS Alive há muito se encontra esgotada, esperando-se, por isso, dada a grandeza e diversidade do cartaz, que 2018 venha a ser um ano marcante para a história daquele que é já um Festival de referência, não só em Portugal, mas também na Europa e no resto do mundo. Os dias 12, 13 e 14 de julho estão mesmo aí à porta, pelo que a equipa do Altamont está preparadíssima para vos relatar o que de mais significativo vier a acontecer. Assim sendo, tome lá nota das nossas escolhas. Mas não hesite: se um ou outro nome não constar nas próximas linhas deste texto siga o seu gosto e acrescente-o à lista que aqui vos propomos. O que desejamos, acima de tudo, é que venha a ter um Bom Festival!
Primeiro dia, 12 de julho, quinta-feira: parece-nos claro que a esmagadora maioria dos festivaleiros não perderão a maior parte dos concertos agendados para o palco mais nobre do recinto. No Palco NOS atuarão Bryan Ferry, Snow Patrol, Nine Inch Nails e os Arctic Monkeys, os meninos bonitos do indie-rock que surpreenderam tudo e todos com o seu mais recente trabalho de estúdio. O concerto de Alex Turner e companhia terá início por volta da meia-noite, esperando-se que os rapazes de Sheffield apresentem um espetáculo com base em Tranquility Base Hotel & Casino, mas também não esquecendo temas icónicos mais antigos. No Palco Sagres, logo a abrir o recinto, atuarão Vermú, banda espanhola de Albacete (estamos curiosos em ouvir o que fazem), mas também Juana Molina, nome grande da música alternativa feita na Argentina, a francesa Jain, os britânicos Sampha, Wolf Alice e Friendly Fires e o americano Khalid, que com apenas dezanove anos vai ganhando estatuto e consideração no mundo da música. Como se vê, num só palco pode caber quase o planeta inteiro. Um pouco mais ao lado, no NOS Clubbing, destacamos os portugueses Papillon, Paus + Holly Wood (num concerto inédito, especialmente pensado para o NOS Alive 2018), D’Alva e o quinteto Orelha Negra de Sam the Kid, Fred Ferreira e restante trupe. Cantando em português, embora vinda do país do Carnaval, a estreante Bibiana Petek. Atenção a esta menina. Depois não diga que não avisámos. Quase a encerrar as escolhas do dia de abertura, e se gostar do fado de António Zambujo, dê um pulinho ao EDP Fado Café, que pode ser que ainda escute algumas das canções do mestre Chico Buarque na voz do nosso bom alentejano. Por fim, todo o Palco Coreto estará virado para os sons do hip-hop através da presença de Fumaxa, Here’s Johnny, Dead End, Spdeville e Dj Glue.

Segundo dia, 13 de julho, sexta-feira: ao segundo dia, os Queens of The Stone Age prometem partir a louça toda. Serão os últimos a atuar no Palco NOS, mas antes deles há ainda uma boa mão cheia de bons concertos para ver e ouvir. A saber: os The National, Two Door Cinema Club, The Kooks, Black Rebel Motorcycle Club e os novatos Kaleo, banda islandesa que se estreou com estrondo com o álbum A/B. Teremos, como se vê, rock musculado, indie-rock, pop e folk no palco principal. No Palco Sagres, a música é outra. Os nossos maiores destaques do dia terão forçosamente de recair em Eels e Yo La Tengo. Desses concertos, esperamos o céu! No entanto, queremos ainda relevar os cariocas Sound Bullet, os americanos Portugal. The Man, os electrónicos escoceses Chvrches e a banda do carismático Samuel T. Herring, Future Islands. Mas há mais, naturalmente. No Palco Coreto, e contrariamente ao dia de abertura, não haverá vestígios de hip-hop. O jazz e alguns experimentalismos sonoros, mas também a folk marcarão presença em concertos de Bernardo, Minta & The Brook Trout, Beatriz Pessoa e Surma. O palco das batidas mais electrónicas e sincopadas, o NOS Clubbing, será local para vários concertos. Os nossos destaques vão para os de Branko, Popolous (nome artístico do interessante Andrea Mangia, de Lecce, Itália) e para o coletivo Kokoko!, da República Democrática do Congo com os seus sons experimentais e futuristas.

Terceiro dia, 14 de julho, sábado: ainda muita coisa para ver e ouvir antes de dizer adeus ao NOS Alive de 2018. Comecemos, desta vez, pelo Palco Coreto, onde nomes como Primeira Dama (e a sua “Rita”) estarão presentes, embora o destaque maior possa mesmo recair em Cachupa Psicadélica e nos sons do seu Último Caboverdiano Triste. No entanto, se preferir o rock, tente assistir aos concertos dos 800 Gondomar, Mighty Sands ou ao dos lisboetas Lotus Fever. Entretanto, no NOS Clubbing, os The Gift serão cabeça de cartaz, obviamente. Antes da banda de Alcobaça, no entanto, tocarão Xinobi, a bonita colombiana Lao Ra, o recente projeto do trio de bateristas que dá pelo nome de Bateu Matou, composto por Quim Albergaria (Paus), Riot (Buraka Som Sistema) e Ivo Costa (Carminho ou Sara Tavares), e ainda a indie espanhola dos Morgan. A bonita (e única guitarrista profissional do fado) Marta Pereira da Costa, assim como o nosso bom e mítico Jorge Palma passarão pelo EDP Fado Café. Já no Palco Sagres, as luzes maiores incidirão sobre os incendiários britânicos Marmozets (que prometem espetáculo intenso), os americanos Clap Your Hands Say Yeah, Mallu Magalhães (a paulistana mais lisboeta do mundo), os sempre clássicos Real Estate, Perfume Genius e, a não perder, os poderosos At The Drive In. Para o fim de todo este elenco, o Palco NOS reserva-nos concertos dos MGMT com a sua música indie-pop-rock-psicadélica, mas também Franz Ferdinand. Ambas as bandas têm disco novo, crescendo a curiosidade em ver como resultará ao vivo o disco menos conseguido da turma de Alex Kapranos. No entanto, muitos irão esperar, sobretudo, pelos concertos dos tubarões Jack White e Pearl Jam. Diga-se, apenas por mera curiosidade, que a banda de Eddie Vedder terminará a sua digressão pela Europa no nosso país, exatamente no NOS Alive, no recinto do Passeio Marítimo de Algés.

Como se percebe por tudo o que aqui se escreveu, há muito para escolher e muita música para ouvir. Estas são as nossas alargadas sugestões. Resta-nos esperar até à abertura de portas. Uma vez chegada a hora, é entrar no espírito, gozar o prazer do momento e desfrutar do NOS Alive 2018!