João Afonso
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Se me perguntassem hoje o que é que queres ser, eu diria não sei. Mas há duas outras três coisas que tenho a certeza absoluta. Uma delas é a música. Nunca aprendi por achar uma seca ler pautas. Por isso prefiro tocar de ouvido. E ouvir muita, muita música! De A a Z, até enjoar. O que acaba por nunca acontecer. E daqui poderia partir para uma teorização mais ou menos filosófica do que é a música. Ora, vou poupar-vos a esse desmazelo retórico. Tirem-me o cabelo, tirem-me o bacalhau, tirem-me a viagem de um mês à Nova Zelândia, mas por favor não me tirem a música. Isso não…

Playlist da Semana: Funk The System!

Se é para trabalhar, então que seja com a anca solta e o pé a bater no chão! Para os que já andam a banhos, uma enxurrada de ondas de entretenimento. É para dançar que o verão anda aí à solta!

Ruby Haunt – Blue Hour (2018)

Blue Hour, dos Ruby Haunt, é um antídoto perfeito para almas agitadas, com dificuldade em serenar as suas mentes irrequietas.

Johnny Dynamite and the Bloodsuckers – Heartbroken (2020)

Camadas de sintetizadores ondulantes e melodias luminosas, enriquecidas com guitarras translúcidas, elevam as canções de Johnny Dynamite a uma dimensão um tudo nada onírica, lembrando que o melhor do synth-pop nos faz querer viver uma boa paixão. Um bom começo…

Arctic Monkeys – The Car (2022)

Não sendo um herdeiro directo de Tranquility Base Hotel & Casino, o sétimo longa duração da banda vem reforçar, de forma sumptuosa, a direcção menos rock and roll que a banda tem vindo a preconizar.

Playlist da Semana: Altapop

Nomes desconhecidos que partilham a ternura pela forma mais comum de se fazer música. E será que há outra?
Boa semana.

Max Cooper em entrevista: “Gosto de sentir que estou numa festa com toda a gente ao invés de estar apenas a tocar para elas.

Estivemos à conversa com Max Cooper, génio da electrónica, antecipando o seu espectáculo marcado para hoje, no Capitólio.

Playlist da Semana: Ressurreição – Lenda de uma vida para além da morte

São tantos os que ressuscitam todos os dias, que se mantém vivos nos presentes imperfeitos, força de uma adoração colectiva clamorosa em redor de obras quase perfeitas… Para sempre.

Du Blonde – Homecoming (2021)

Numa altura em que não podemos contar com quase nada, em que tudo é provisório e indefinido, os planos furam-se com extrema facilidade e as previsões falham a cada variante, há quem contrarie (e muito bem) a dependência no destino.…

Playlist da Semana: Jazz em Altamont

Para os que não conseguirem ir até à Fundação Calouste Gulbenkian, aqui fica um vislumbre do que pode ser a experiência de um concerto ao vivo de música jazz.

Bill Evans Trio – I Will Say Goodbye (1980)

Dotado de um groove discreto e de uma elegância prodigiosa, I Will Say Goodbye é a carta de despedida de um sofredor apaixonado pela ilusão de que a vida pode ser tudo menos triste.

Playlist da Semana: Theory of salvation

Em 2020, a música passou a estar sempre pronta a socorrer-nos e a salvar-nos das tenazes invisíveis da desgraça.

Crack Cloud – Pain Olympics (2020)

Cru e autêntico, Pain Olympics é um relato de uma viagem ao mundo avesso da toxicodependência, provando ser um glorioso oponente, ao mesmo tempo que oferece consolo e esperança àqueles que precisam da cura.

Tame Impala – The Slow Rush (2020)

O ímpeto rockeiro da adolescência já passou. Os Tame Impala estão a cada disco mais maduros e moderados.

Bill Converse – Meditations / Industry (2016)

Ainda escaldados com resultado das eleições nos Estados Unidos da América, nada melhor que um americano muito especial para percebermos que a América de Trump não é só armas, poluição e processos legais bilionários. Há quem continue numa interminável procura de respostas e soluções para questões profundas.

Pond – The Weather (2017)

Estas bandas têm este inconveniente – serem imprevisíveis a longo prazo. Tal como o tempo.

Preoccupations – Preoccupations (2016)

Como Preoccupations, os antigos Viet Cong decidiram incorporar escalas mais melódicas e confortáveis

Skylab – #1 (1994)

Venho aqui falar-vos de um reencontro; de um disco de 1994, à semelhança daquelas agradáveis surpresas que coleccionadores de arte têm, ao abrir uma tela guardada há uns bons vinte anos. Ou, neste caso, ao abrir a capa de cartão de…

DJ Krush – Holonic-The Self Megamix (1998)

Como categorizá-lo? Uma amálgama de pequenas histórias, ambientes andrajosos submersos num fumo escuro e denso? Obscuridade opiácea down-tempo? Bola de neve mirabolante? Holonic-The Self Megamix. Para os que já me vão conhecendo um bocadinho melhor, o hip-hop não é propriamente…