Os The Telescopes foram os protagonistas da primeira edição das Cartaxo Sessions, ainda no ano de 2012. Agora não podiam deixar de fazer parte do festival Reverence Valada e ainda aproveitaram a ocasião para tocar em Lisboa, um dia antes, no Sabotage. Aproveitámos para trocar umas linhas de conversa com Stephen Lawrie, mentor deste projecto que começou como um shoegaze suave e evoluiu para algo mais noise.
Altamont: Curiosamente, há dois anos vocês estiveram em Portugal para um concerto no Cartaxo, o local onde vão tocar no próximo fim-de-semana. O que vai ter de diferente este concerto de regresso?
Stephen Lawrie: Vamos ter uma secção de ritmos diferente a tocar connosco. Da última vez tivemos dois músicos do Cartaxo a ajudar-nos, Sandro Oliveira no baixo e André Pedro Pita Groz na bateria. Desta vez vai estar o Dan Davis na bateria e o James Beal no baixo, do grupo londrino Unique Signal, mais o seu colega de banda James Messenger, de quem as pessoas se podem lembrar da última vez como o guitarrista que toca descalço, na audiência. E na guitarra vai estar também o nosso convidado especial Nuno Branco dos James Jacket.
E o alinhamento vai ter algumas canções antigas ou não há cá primeiros álbuns?
Vamos tocar material do passado, do presente e do futuro.
A vossa música mudou muito ao longo do tempo, tornaram-se mais experimentais e até drone. Isso tem alguma coisa que ver com a mudança de membros?
Às vezes. Normalmente sou guiado pela inspiração. Nestes últimos anos tenho tocado muitos alinhamentos em formato de banda e isto tem afectado muito a minha escrita. Os materiais novos em que estou a trabalhar vão reflectir muito isso quando forem lançados.
Para ti, qual é o teu melhor álbum até agora e porquê?
Todos eles, por razões respectivas. São muito diferentes uns dos outros. Normalmente fico mais entusiasmado com aquele em que estiver a trabalhar no momento e com qualquer um que não oiça há algum tempo.
E vocês vêm também tocar em Lisboa. É a vossa primeira vez por cá ou vocês já se sabem orientar por aqui?
Da última vez voámos para Lisboa, mas não passámos lá tempo nenhum. Espero explorar Lisboa desta vez.