E o mote deste disco é: “Sempre a Rasgar”. E é esse o sentimento que ficou desde os primeiros segundos em que ouvi “Borrowed Time”. Punk Rock no seu melhor logo certinho desde a primeira música “Master of My Craft”. Porém este duo texano com base em Brooklyn (não são todos de lá agora?) traz-nos o ingrediente certo que nos faz ouvir 33 minutos divididos em 15 músicas com vontade de ouvir e querer mais ainda. Esse ingrediente chama-se Pop e está misturado na dose certa. Nem mais nem menos. Confusos? Nós explicamos. Todo o Punk Rock vem da família do Pop, ou Pop/Rock para aqueles mais sensíveis à diferenciação do Pop e Rock, e, para algumas bandas, esse ingrediente Pop perdeu-se algures na estrada que divide os bons e os menos bons. Os Nirvana foram Pop tal como os Pixies o foram, até os Sonic Youth o foram porém um pouco menos, daí hoje em dia muito mais gente conhecer a banda de Kurt Cobain em detrimento da de Thurston Moore. E é mais à banda Nova Iorquina de Moore e Kim Gordon, aos Pavement e ainda aos Feelies que estes Parquet Courts vão buscar a sua dose de pop, o suficiente para meter este bolo no forno e sair sem ser sensaborão.
Este punk rock verdadeiramente citadino não engana. Os texanos são hoje homens de uma urbe que precisa deles, tal como rock. Sejam bem-vindos.