The Dark Side of the Moon, dos Pink Floyd, fez este mês cinquenta anos. Aproveitamos a efeméride para revisitar um dos discos mais sublimes de sempre.
The Who – Who’s Next (1971)
Das cinzas de um projecto falhado, nasce o despretensioso Who’s Next, tão imaginativo como Tommy e Quadrophenia mas sem o seu peso conceptual. O favorito dos fãs menos virados para as óperas rock.
John Lennon – Plastic Ono Band (1970)
O melhor disco de um Beatle a solo. Lennon escarafunchando as suas feridas com uma chave de fendas e gritando.
The Beatles – Let It Be (1970)
Let it be não é o melhor disco dos Beatles, longe disso. Talvez seja, porém, o mais verdadeiro, vulnerável como uma ferida aberta, contraditório como a própria vida.
“Gimme Shelter” – The Rolling Stones
Poucas canções conseguiram apanhar melhor os ares do tempo que a magistral “Gimme Shelter”. A guitarra cintilante de Keith Richards vai acumulando uma tensão insuportável, até tudo rebentar num grito de angústia e desespero. “Love, peace and harmony? Very nice. Maybe in the next world…”
Capote Fest 2019
O Capote Fest já é tanto de Évora como as migas e o bom vinho tinto. À quarta-edição, apostou-se na diversidade do cardápio, um palpite que se revelou certeiro.
The Jimi Hendrix Experience – Electric Ladyland (1968)
Onde os tecnocratas da guitarra são técnica e velocidade, Hendrix é imaginação e poesia.
Pearl Jam – Ten (1991)
Através de hinos como “Alive” e “Even Flow”, a nossa melancolia, antes plebeia, ascende na escala social. Antes de Ten, estávamos na merda; depois de Ten, curtimos uma angst.
Roger Waters: há vida para além dos Floyd
Sozinho, Waters nunca conseguiu repetir a perfeição de um Dark Side of the Moon. Podia ser o principal criador dos Floyd mas a banda sempre foi muito maior do que o ego do seu baixista. Ainda assim, valeram bem a pena estes seus quatro belíssimos discos. É este o o percurso pós-Floyd que realmente queríamos? Claro que sim.
Jonathan Wilson – Rare Birds (2018)
Ao terceiro capítulo, Jonathan Wilson acrescenta ao seu rock clássico algumas incursões sobre o soft rock. As canções continuam belíssimas mas a sua desmedida ambição prega-lhe algumas rasteiras.