Alex d’Alva Teixeira é a figura maior dos D’Alva, mas este não é um grupo de um homem só. #batequebate é um dos momentos musicais de Portugal mais celebrados no presente ano, saboroso cocktail de melodias pop, sonoridades eletrónicas e letras simples mas eficazes e, importante frisar, de fácil retenção.
Quem são os D’Alva? Aliados na figura de Alex – que outrora vimos noutros projetos sem imaginar o enorme músico que por aqui anda – e Ben Monteiro, são um produto pop feito e desenhado para palco, mas nem por isso de menor vitalidade em disco. Modernos, contemporâneos e espelho de uma juventude virada para a Internet e redes sociais, é no desprendimento pop que os D’Alva têm o seu maior trunfo – as canções não pretendem ser intemporais, mas carregam um doce sabor a vitória e ousadia.
Quem os viu ao vivo, sabe ao que vem – e este verão terão sido poucos os que não tiveram oportunidade de tomar contacto com esta rapaziada. Partindo da pop, há espaço para a soul e alguma negritude e densidade, tudo doseado e centrado na figura de Alex, rapaz enérgico, bem disposto, que um dia figurará num dicionário moderno ao lado da expressão “dar tudo”.
#batequebate é um inesperado bom momento pop da música portuguesa contemporânea. Livre, leve e solto, como canta Alex a certa altura. Mas, ainda assim, importante e pertinente.