Forjando psicadelismo digno das mais elogiosas comparações aos gigantes do género, os Defrosted Pork Chops são o segredo mais bem guardado de Coimbra, exibindo uma perícia, sinergia e inventividade incomum. Talvez na intenção de fazer a grotescamente balofa personagem icónica que dá título à faixa levantar-se e alongar um bocadinho, a reza que lhe fazem exige uns fortes abanões de anca, providenciados por uma guitarra serpenteante e irrequieta, tão esmerada em dar um baile xamânico dedilhado à prodigiosa bateria, como arrastá-la nos seus doces arranhares para outra dimensão, essa repleta de soluçados teclados esvoaçantes e vozes encantatórias. Um doce de canção. Água na boca por mais.