As voltas que o mundo dá. Se no auge da Brit Pop os Blur definiam a sua identidade britânica por oposição ao eucalipto cultural da “Magic America”, já em 13 rendiam descarada homenagem aos americanos Pavement com esta canção muito ao seu jeito. A culpa é de Graham Coxon, que não só assina a música, como lhe dá a voz principal, relegando Damon Albarn para a discreta condição de backing vocals. Um dos muitos exemplos de versatilidade criativa dos Blur, por contraponto ao eterno mais do mesmo dos rivais Oasis. A verdade é esta: comparar os Blur com os Oasis sempre fez o mesmo sentido do que comparar o Nelson Mandela com o Yannick Djaló.
Canção do Dia: Blur – Coffee and TV

Ricardo Romano
"Um bom disco justifica sempre os meios”- defendeu-se Ricardo Romano, ao ser acusado de ter vendido o rim esquerdo da sua tia entrevada para comprar uma edição rara do Led Zeppelin II - o melhor disco de sempre. O juiz não se convenceu, mandando-o para uma prisão com condições desumanas, onde uma vez foi obrigado a ouvir do princípio ao fim um disco dos Creed. Actualmente em liberdade, cumpre pena de trabalho a favor da comunidade no site Altamont mas a proximidade com boas colecções de discos não augura nada de bom.
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