Os britânicos Fujiya & Miyagi chegam a Lisboa na sexta-feira para um concerto no Musicbox tocando no dia seguinte no Hard Club, no Porto. O Jameson Urban Routes é o pretexto para o regresso do grupo à capital e Artifical Sweetners, disco editado no início de junho e quinto álbum de originais, será o elemento central do espetáculo. O Altamont aproveitou para meter a conversa com o vocalista e guitarrista David Best.
Altamont: Como é pertencer aos Fujiya & Miyagi em 2014? Lançaram um álbum este ano, como foi o vosso verão e como têm sido os concertos?
David Best: Sabe bem. Estou a gostar da digressão e de tocar estas novas canções. Estamos nos Estados Unidos nesta fase [a entrevista decorreu no final da semana passada]. Muita gente continua a dançar nos nossos concertos, o que é fantástico. Conseguimos também ir a muitas lojas de discos nos intervalos, o que é bom. Estivemos também em digressão durante o Mundial de Futebol, o que não foi uma grande decisão. Basicamente, perdemos alguns jogos e algum público certamente que estava a ver os jogos e não foi a alguns concertos…
Costumam escrever canções enquanto estão em digressão?
Nem por isso. Ando sempre com o meu computador e temos sempre ideias mas não nos sentamos conscientemente a escrever canções. Era bom, seria bom para acelerar processos. De todo o modo uma das razões para não escrever quando estamos fora é porque não quero que a banda perca a sua identidade e comece a escrever sobre Los Angeles ou outro lugar qualquer onde estejamos…
Vocês andam nisto há alguns anos e estão perfeitamente dentro da indústria da música. Como é que olhas para plataformas como o Spotify e outros serviços do género? Sentes que reduz a importância de um objeto como o vinil, por exemplo?
Para mim, o vinil será sempre mais importante que o ‘streaming’ ou o formato mp3. Soa melhor e é esteticamente melhor. É algo em que podes tocar. Os serviços de ‘streaming’ deviam pagar mais aos artistas. Para um grupo como nós, por exemplo, é útil na medida em que aumenta o alcance da nossa música e permite a muita gente chegar até ela. Como utilizador, não utilizo. Não liga comigo.
Que podemos esperar dos concertos em Portugal? Vão parar de tocar depois? Na vossa página na Internet não há referência a concertos a seguir…
Os nossos espetáculos são feitos para dançar. Tocamos canções antigas misturadas com novas músicas do disco deste ano. Também apostamos na componente visual que complementa a música. Já há algum tempo que não tocamos em Portugal e estarmos com muita vontade. Temos alguns concertos marcados para depois e após esses espetáculos será altura de parar e fazer mais música.

gosto destes moços, com ecos de krautzito