2004 foi um grande ano. Franz Ferdinand, The Killers e Arcade Fire estrearam-se. Interpol lançaria o seu segundo disco, Antics. E The Cure regressavam com um disco homónimo, quatro anos depois de Bloodflowers. O single foi bem escolhido: “The End of The World”, um clássico instantâneo.
De melodia e hook viciante, cujo baixo acompanha a melodia da voz, Robert Smith repete, vezes e vezes sem conta, “I couldn’t love you more”. Bastaria ouvir um segundo da música para perceber que é… The Cure, e é provavelmente uma das últimas canções-hino produzidas pelos britânicos, como fizeram em The Head and The Door com “Inbetween Days” ou em Wish com “Friday I’m in Love”.
É pena é que tenham lançado em 2004. Foram eclipsados pelas novidades de então. Um mundo salvo pelos The Strokes foi bom para nós, mas lançou os The Cure ainda mais para o passado – e o disco homónimo é prova disso.