Os Interpol foram, no meu caso, uma banda que demorou a entrar. Toda a gente dizia que era bom som, já o primeiro álbum (Turn on the Bright Lights, de 2002) tinha constado dos tops em vários blogs/sites de referência e este Antics também já tinha sido lançado há algum tempo até que eu decidi deixar de ser do contra e lá me meti a ouvi-los. Foi para aí já em 2007, após o concerto no SBSR. Mas mesmo assim, Antics não foi amor à primeira vista. Foi daqueles que foi entrando, ganhando o seu espaço de antena, pouco a pouco, música a música, até que lá me rendi à qualidade do álbum. São raros os álbuns que se pode dizer que todas as músicas são boas, mas este é um deles, sendo que para mim atinge mesmo os píncaros em “Slow Hands” e “Not Even Jail”. [ALEX PIRES]
Dois anos após o brilhante disco de estreia Turn on the Bright Lights, os Interpol lançam Antics que, curiosamente, para muitos é considerado mais fraco que o seu antecessor. É discutível, obviamente. Há quem seja mais fã do Revolver ou do Álbum Branco ou mesmo Abbey Road. Se calhar muita gente acha que os Interpol se podem ter comercializado mais neste disco dado o maior número de músicas mais orelhudas. Ora, isto nem sempre é negativo. Se as músicas são realmente boas então é evidente que poderá chegar a mais gente. É impossível ficar indiferente a “Evil”, “Narc”, “C´mere”, “Not Even Jail” ou à grandiosa “Slow Hands”. Antics é um daqueles discos que ficará para sempre na memória colectiva de uma geração. Pena que o sucessor Our Love to Admire seja mais fraco e que possa anunciar uma perda de qualidade desta banda de temas soturnos. [FREDERICO BATISTA]