Não sei se é do equipamento da seleçcão sueca de futebol, se é do Magnusson, se é das suecas em si mas este país nórdico sempre me fascinou. Até em termos musicais, acho que é de onde sai a melhor música da Europa, depois obviamente do Reino Unido. E não, não estou a contar com ABBA e Roxette.
Da Suécia temos bandas como os Kings of Convenience, The Knife, The Radio Dept., entre outros e estes Mando Diao. Que note-se, já andam nisto há 14 anos, embora tenham atingido o seu maior reconhecimento, mais recentemente, com o álbum Give Me Fire! e o seu single “Dance With Somebody”.
Mas é do terceiro álbum da carreira que vos falo: Ode To Ochrasy, para mim o melhor álbum destes suecos. Foi editado em 2006, ano, por exemplo, de First Impressions of Earth dos Strokes, de Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not dos Arctic Monkeys ou Return to the Cookie Mountain dos TV on the Radio. Foi também ano de edição de Writer’s Block, doutros suecos de seu nome Peter, Bjorn & John.
Ode To Ochrasy marcou um salto qualitativo importante nos Mando Diao e funcionou como um ponto de viragem para a banda, que a partir daí se lançaram para um caminho mais comercial, chegando ao tal single “Dance With Somebody”.
Mas a potência com que este álbum começa, com “Welcome Home Luc Robitaille” dificilmente será repetida. É um rock n’ roll de sintonia perfeita entre o ritmo da bateria e da guitarra. Adoro como começa. Três canções a abrir, esta primeira e depois “Killer Kaczynski” e “Long Before Rock N’Roll”.
Ao todo são 14 canções bem alinhavadas. É um daqueles álbuns que faz sentido ouvir do princípio ao fim mas, claro está, tem sempre músicas que se preferem a outras e aqui destaco também a aventura de “Amsterdam”, a dedicada a “Josephine”, e a que fecha sossegadamente o disco “Ochrasy”. Ainda antes desta última, há tempo para uma certa loucura própria de uma noite de copos com os amigos em que “Good Morning, Herr Horst” e “Song For Aberdeen” fazem-me sentido.