Joni Mitchell é um dos maiores vultos da canção norte-americana. Nascida para o mundo artístico na cena folk do seu Canadá, foi nas ruas e nos pequenos bares de Nova Iorque e da Califórnia que deu nas vistas, pelas suas composições originais e pela complexidade íntima das suas letras, que contrastavam com o seu visual de rapariga bonita e ilusoriamente frágil. Uma vida marcada pelas dificuldades e pela perda, conhecida enquanto ainda jovem, moldaram o seu talento e a sua personalidade, sempre inquieta, sempre em busca, sempre insatisfeita com o que havia feito e à procura de um qualquer segredo que só a arte poderia desvendar. Mitchell cumpre agora 80 anos de vida, passam 55 anos da edição do seu álbum de estreia e acaba de regressar aos discos, com a edição de uma inesperada atuação ao vivo no Festival de Newport. Ocasião perfeita para o Altamont lhe dedicar um especial mais que merecido, no qual vamos visitar em profundidade uma dezena dos seus álbuns e procurar a resposta que não existe: quem é esta mulher tão diferente, tão talentosa, tão idiossincrática, que marcou de forma indelével a música das últimas largas décadas?
Especial Joni Mitchell
Tiago Freire
O autor deste texto tem 39 anos mas um corpinho de 35. É jornalista há mais de 15 anos. É colaborador de vários blogs e parvoíces afins e já escreveu para a Blitz e para a FHM. Nasceu e cresceu em Carcavelos, fazendo aí o mestrado musical enquanto todos os seus amigos andavam de skate ou faziam surf. Hoje em dia, divide o seu tempo entre as notícias de Economia e a educação dos seus três filhos, enquanto o mundo não percebe que ele é o maior escritor vivo do planeta, coisa que terá inevitavelmente de acontecer. Na próxima encarnação desejaria ser uma mistura entre o Serge Gainsbourg e o Pablo Aimar.
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