O quarto álbum do colectivo (penso que é este o nome mais adequado, uma vez que o número de pessoas que contribuem quer no álbum, quer nos concertos ao vivo passa as duas dezenas e, como tal, banda não seria um nome justo) canadiano chega-nos passados 5 anos do seu último trabalho, Broken Social Scene, para mim uma das melhores coisinhas que me entraram iPod adentro neste novo século, e como tal a fasquia estava elevada. E digo-vos – esta história das fasquias elevadas é uma merda. É inevitável criarmos expectativas, mas deveríamos ter a capacidade de esquecê-las e conseguir analisar um álbum per se, sem “mas o álbum anterior é melhor”, sem “aquela música é muito parecida uma do álbum anterior”, sem “não variaram nada em relação ao que fizeram antes”… Por isso, a minha avaliação sobre este álbum, e tentando evitar estes condicionalismos descritos acima, fica-se por um álbum com música que me dá muito prazer de ouvir. Se isto for suficiente para vos entusiasmar, carreguem no play no dispositivo abaixo e experimentem, caso contrário sigam a vossa vida como se nada fosse. E chega que hoje tenho mais que fazer. Pim.
Alexandre Pires
Nasci em terras de Vera Cruz, decorria ainda a década de 70. De pequenino me apercebi que estava destinado a grandes feitos e quis desde logo deixar a minha marca, começando por atravessar o Atlântico a nado. Dessa experiência guardo sobretudo água salgada nos ouvidos, água essa que me impediu de dar ouvidos ao meu pai que queria fazer de mim engenheiro. Hoje, quando me perguntam a profissão, não sei o que responder. Tenho vários chapéus que vou usando consoante a ocasião, desde economista proeminente a futebolista de sonho, de crítico de música amador a empreendedor visionário, de tenista de meia tigela a DJ concorrido, de amante cinéfilo a pai dedicado.
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