Acaba de ser editado o álbum de estreia de Medeiros/Lucas. Para quem já não se lembra, Medeiros é Carlos Medeiros, figura de culto na música tradicional portuguesa, autor do disco O Cantar Na M’Incomoda. Pedro Lucas pegou nessa inspiração para criar o Experimentar Na M’Incomoda, com o qual lançou dois discos. Agora, Medeiros e Lucas juntaram-se para o primeiro disco em conjunto. Já em Outubro tínhamos espreitado este álbum, mas o disco só teve edição física no início deste mês, com o selo da Lovers & Lollypops/Musicbox CTL, e vai ser apresentado oficialmente esta 5ª feira, 19 de Março. Pretexto ideal para voltar a tomar um refresco com Pedro Lucas, numa esplanada lisboeta, para uma conversa sobre Escandinávia, Jim Jarmush, marinheiros desiludidos e romãs.
Altamont: Para começar, quero saber da tua vida na Dinamarca. Vives em Copenhaga, o que é que fazes lá?
Pedro Lucas: Neste momento estou a fazer um mestrado na Universidade de Copenhaga, em Ciências da Informação e Comunicação Cultural, fiz uma licenciatura em Estudos Artísticos. E tenho um part-time num bar de vinhos, sou uma espécie de aprendiz de escanção, já lá estou há um ano e meio. E faço a minha música, tento tocar guitarra pelo menos uma hora por dia. E ando entre estes 3 pólos, a Universidade, a música e o trabalho. Eu gosto muito do meu trabalho, tenho uma equipa excelente, tenho um patrão excelente, um ambiente relaxado, é divertido e desafiador. E eu gosto de ter estes 3 pólos, porque acabam por se inter-alimentar uns aos outros. Eu não sei se queria ser só músico.
Assim consegues olhar para a música de outra maneira?
Sim. Eu nunca fiz um curso de música a sério, pensei às vezes ir para o Hot [Clube] meter-me num curso de jazz ou ir para a Escola Superior de Música. Se eu quisesse ser só músico, era para ser músico a sério. E acabo por… toco guitarra, estudei uns anos no Conservatório quando era miúdo, mas não me considero instrumentista. O meu trabalho é um bocado de produtor, mais artístico. O facto de eu ter feito Estudos Artísticos, estar a fazer agora Comunicação Cultural, todas essas coisas se influenciam umas às outras. E eu gosto de estar com um pé dentro do mundo artístico e estar com o outro pé fora. Acho que o mundo artístico muitas vezes tem tendência para entrar num loop sobre si próprio. Pelo menos hoje em dia já ninguém tem a ilusão que pode haver Arte pela Arte, toda a gente sabe que a arte está sempre a ser bombardeada por coisas de fora, pelo contexto. Mas eu gosto de estar com um pé fora outro pé dentro, consigo ter uma visão crítica, de ambos os lados.
Não te assumindo como instrumentista, isso permite-te maior margem de manobra do que se fosses estudioso da guitarra? Sentias-te mais obrigado a ser mais guitarrista e menos produtor?
Não sei se me obrigaria, mas aprendia a saber muito mais de música, teoria musical, acordes. Eu chego lá, o experimentar não me incomoda, mas são processos mais longos, não é uma coisa imediata. Vou experimentando, obviamente com os anos vou ganhando mais ferramentas e técnicas. Sei a teoria básica, mas não gasto 6 horas por dia a tocar, como devia fazer se quisesse ser isso. Eu tenho um defeito pessoal: é raro eu focar-me numa só coisa, sei um bocadinho de muitas coisas, e gosto de estar sempre a tentar ter mais. A minha estrutura mental não foi feita para estar afunilada. Gosto de saber um bocado de literatura, um bocado de artes plásticas, filosofia, música, física, vinhos, comida. Por exemplo, se eu quisesse ser um escanção a sério tinha de perder muito mais tempo, investir mais, ler muito mais. Não me apetece. Interessa-me perceber o básico, as estruturas. E depois gosto muito de encontrar relações entre isto tudo, e há muitas relações. Por exemplo um jantar de degustação em que pagas 300 euros e vêm 20 pratinhos, das coisas mais extraordinárias que possas imaginar, não é um serviço básico, é uma experiência sensorial, como é a arte. E interessa-me essa coisa científica. Eu sou muito bom a saber o que é que não quero, continuo é sem saber o que quero.
Ora, o facto de saberes o que não queres e de experimentares o maior número de artes e ofícios, cada um te dá elementos que depois te inspiram nas outras vertentes?
Por exemplo, uma das coisas que tirei deste meu trabalho – não tem nada a ver com os vinhos em si, mas tem a ver com a maneira como as pessoas e o meu patrão encaram o trabalho, de “se é para fazer vamos fazer isto a sério, é nisto que eu acredito, finco o pé aqui, e se for preciso estar 2 anos a remar contra a maré, hão de ser 2 anos a remar contra a maré”. E foi um bocado o que eu fiz neste disco. Nunca investi tanto, nunca pus tanto de mim – em todos os sentidos – num disco. Mas tem muito a ver com essa inspiração do meu patrão e do trabalho. Isto é uma pequena história para ilustrar como isto se interliga tudo. Por exemplo agora estou a fazer uma cadeira de curadoria de arte digital urbana e estou a ler sobre arte moderna, artes plásticas contemporâneas, desde os anos 50 até agora. Obviamente que isso me influencia, artisticamente, muito mais directamente. É uma construção pessoal, não é um caminho para a arte, eu se quisesse ser realmente artista e estar a servir a arte, escolheria só fazer arte. Mas como diz o Carlos [Medeiros]: “eu não sirvo a música tradicional, eu sirvo-me da música tradicional”. Eu podia dizer a mesma coisa, da arte, eu sirvo-me disso. Obviamente contribuo, é um dialogo, mas sirvo-me disto tudo para crescer pessoalmente. E os desafios artísticos são oportunidades e são maneiras de um gajo pensar e crescer e estar ligado também a um lado um bocado menos prático da vida, um bocado mais filosófico. E tenho muito pouco aquela ideia romântica [do exagero].O equilíbrio é a minha obsessão. Preciso de um bocado de tudo.
Na tua vida de Copenhaga és frequentador de concertos?
Mais ou menos. É raro aparecer um artista que eu diga: “tenho mesmo de ir ver aquilo”. Só coisas muito específicas, o Marc Ribot, o D’Angelo, Flying Lotus. Mas não é muito frequente. Eu vou regularmente a uma casa de músicas do mundo, gosto de ir a concertos para dançar. Todos os trimestres tem pelo menos um ou dois concertos porreiríssimos. Vi lá os Konono nº1, antes virem cá a Lisboa, vi Spoek Mathambo. Depois, os festivais são onde faço um update da cultura pop. Quando gasto dinheiro para ir a um concerto é quase sempre à volta do jazz ou world music ou coisas assim.
E vais seguindo a música portuguesa, o que vai acontecendo por cá?
Sim, leio notícias portuguesas (ainda nem falo dinamarquês), e vou seguindo o que se passa aqui e ouvindo algumas coisas. O Norberto Lobo, Filho da Mãe, os Dead Combo, o B Fachada quando lança qualquer coisa também oiço, o Manel Cruz. Vi no Roskilde há dois anos os Throes+The Shine. Um fado de vez em quando, Ricardo Ribeiro.
Falemos agora do Mar Aberto. Para quem vem ouvindo o Experimentar nota-se uma diferença enorme, passamos de imensas camadas para uma coisa bastante mais minimal, com muito menos instrumentos. O disco saiu assim porque foi feito em torno da voz, ou independentemente disso já tinhas ideia de fazer uma coisa mais simples?
Os dois. A ideia principal foi fazer um disco à volta da voz. Ainda antes de nós começarmos a fazer a música, os temas mais fortes do disco do Carlos (O Cantar Na M’Incomoda) são os temas que ele canta a capella, que é só a voz dele. E eu não queria perder isso. Aliás, não há mais temas a capella neste disco porque ele não quis. Mas sim, desde o início há essa vontade de construir um disco à volta da voz do Carlos. Depois havia uma vontade de simplificar, fazer uma coisa mais minimalista, um bocadinho de inspiração em coisas que eu andei a pensar, coisas tipo foliões dos Açores que tem muitas coisas de ritmo e voz, sem outros instrumentos. Eu andava a pensar em como é que transformo música tradicional em qualquer coisa que passe a barreira da língua. E é a voz, basta pensar nos Sigur Rós e coisas de África, a língua em que se canta não interessa, aquilo atravessa. E eu queria explorar um bocado esse lado, de como é que com estas palavras em português, com a voz do Carlos que tem textura suficiente para explorar nesse sentido, como é que eu maximizo isso, para isto conseguir ultrapassar essa barreira do idioma. Portanto, houve essa intenção, mas também havia intenção de fazer uma coisa um bocado mais expressionista, menos meticulosa. Tudo o que está no disco e é expressionista foi trabalhado para chegar àquele grau de rock’n’roll, é um rock’n’roll pensado, preparado, depois quando se grava há feeling ali. O Experimentar é mais eu ao computador, com o rato, a controlar tudo, imensas camadas. E eu aí estou a trabalhar com canções que não são minhas. Mas aqui as canções são originais e já havia uma certa satisfação, uma sensação de dever cumprido, por ter criado as melodias, havia menos essa pressão. Que é uma coisa boa, às vezes ouço músicas no Experimentar que tinham merdas a mais. E eu desta vez não tinha essa pressão. Se aquilo precisava de levar mais coisas, levava, se não ia assim.
Estas músicas partiram de poemas que vocês escolheram, sentaram-se numa mesa só com guitarra e fizeram as canções. Como é que se faz música a partir de poemas?
Sei lá, há de haver gente bastante mais capaz de explicar isto que eu. Neste caso, essa parte do disco que eu fiz com o Carlos foi encontrar os poemas, haver ali qualquer coisa estética e temática que faça sentido, depois começamos a ler as palavras, começamos a perceber o ritmo das palavras, com a guitarra a tentar encontrar algo. As palavras é que pediram uma certa… um gajo está ali a ler e ler e ler, até perceber que música é que as palavras querem, o que é que elas pedem.
E essa música nasce primeiro da guitarra ou da voz?
Estávamos os dois com o livro aberto um ao lado do outro, eu tinha a guitarra e ia fazendo umas linhas melódicas, depois o Carlos começava a cantar, depois fazia uma variação qualquer daquilo que eu tinha feito na guitarra. Surgiram primeiro as melodias, melodia ritmo, e depois as harmonias, um acordes em cima daquilo. Depois há muitos uníssonos no disco, mas foi um bocado o processo. Muitas das canções surgem assim, eu a tentar criar a melodia na guitarra e ele a tentar, a partir das palavras, começa a ler as palavras, a ver onde é que cada coisa encaixa, e sai nesse uníssono, de eu a fazer melodia na guitarra e o Carlos a tentar cantá-la, ou vice versa. Mas isso de como é que se criam coisas é… Eu andei a estudar isso numa cadeira no semestre passado, como é que se cria teoria? Ninguém sabe. É um processo… sei lá, coisas que se misturam e têm um diálogo, às vezes misturam-se dentro da tua cabeça, às vezes misturam-se num diálogo dentro de duas cabeças, mas é um processo super dinâmico.
Esses uníssonos são muito frequentes, com a guitarra a fazer as mesmas frases da voz.
E isso depois também foi mais enfatizado devido a uma certa inspiração na música do Médio Oriente, do Norte de África, em que há um tipo a cantar e outro a dobrar, ou a fazer contrapontos. Isso foi uma inspiração já na parte da produção.
Este disco está todo ele ligado ao mar, quase todas as letras abordam esse tema. Podemos dizer que é um álbum conceptual?
Não. Superficialmente há um fio condutor, mas não é “de fio a pavio”, não é pensado, esta letra liga bem com aquela, etc. Há esse jogo no fim, os poemas foram escolhidos um bocado avulso, nos percebemos que havia ali uma ligação com o resto, mas não há uma linha narrativa desde o início. A coisa do mar, nós na maioria das canções não estávamos a pensar “ora bem, vamos lá pôr isto a soar ao mar”. Às tantas era porque as palavras pediam, tinham esse mar, e esse mar transpôs-se na música, porque a música veio das palavras. É uma teoria. Pode ser por aí. Pode ser o facto de a voz do Carlos ter salitre. Esta é ma metáfora bastante pedante. Não sei. O facto de nós termos crescido com o mar à volta. São coisas que não são conscientes, estão lá. Havia a intenção inicial de um Quixote marinheiro, numa traineira, mas é só isso.
Musicalmente, e não querendo estar a fazer comparações, este disco rapidamente me traz à cabeça a banda sonora do Neil Young para o Dead Man, do Jim Jarmush.
Ja ouvi falar muito dessa banda sonora, que foi gravada ao primeiro take, ele a ver o filme e a gravar. Mas nunca vi esse filme.
Para mim, este Mar Aberto também leva para esse imaginário assim mais ianque, meio índio.
Sim, sim. É o efeito da guitarra, que tem um bocado influência dos Dead Combo. Eu digo “Portugalidade viajada”, que é o Western Fado deles. Que é uma Portugalidade que já foi aos Estados Unidos, ao Oeste. Há muitos anos foi à Índia e África, mais recentemente andou a explorar outras paisagens. E os Dead Combo fazem isso super bem, aquilo soa português, não soa bem português. Eu roubo ideias de todo o lado, e consigo dizer onde é que aparecem. Por exemplo, o coro no “Marinheiro” apareceu depois de eu ouvir o ” Ó Ti Alves”, do Zeca Afonso. Mas é giro falares do Jarmush. Eu não vi esse filme, já comecei mas nunca o acabei. Vi foi – mas nessa altura o disco já estava quase feito – o último dele, Only Lovers Left Alive, é brutal. Também tem uma banda sonora super forte.
Este disco tem Portugalidade, tem percussões do norte de África, e a capa do disco é uma romã, fruto muito frequente no Médio Oriente. Ou seja, quando imagino a viagem destes marujos na traineira, essa viagem não ficou apenas pelo Atlântico.
Sim, percorreu pelo menos estes mares que nos são próximos. Mas esse Mediterrâneo, esse Atlântico, essa Costa Vicentina, Andaluzia, é tudo imaginado. O sítio mais andaluz onde fui foi a Huelva. Nunca fui a África na minha vida. Portanto acaba por ser tudo influência de um imaginário cultural, que é construído aqui. Mas são tudo sítios imaginados, a geografia não é inusitada. É tudo imaginado, processado por influências musicais daqui e dali, sintetizado e processado por nós, até ficar este cocktail. A cena da romã, eu não tive nada a ver com isso. Foi o Tiago Silva (que já fez a capa do 2º disco do Experimentar), que é um rapaz de Lisboa que eu conheci em Copenhaga, um artista plástico. Eu e o Tiago gostamos de beber uns copos e conversar até às 3h da manhã sobre questões artísticas e filosóficas, e ele é que teve essa ideia, numa fase muito inicial. Eu mal tive a primeira maquete mostrei-lhe e expliquei-lhe que ia ter inspirações de África, do Quixote etc. E ele teve a ideia da romã, que é um símbolo bastante forte, que normalmente está sempre associado a prosperidade, ou amor, ou fertilidade, e que atravessa todas as religiões, e consequentemente culturas, da bacia do Mediterrâneo – judeus, muçulmanos e cristãos. Existem uma data de lendas na religião muçulmana associadas à romã. Mas pronto, a escolha foi do Tiago, como símbolo de união cultural, de viagem enquanto ligação cultural.
Ao longo do disco há um constante tensão, as músicas estão ali a marinar, parece que a qualquer momento vão rebentar, mas essa tensão acaba sempre por ser contida. Foi propositado?
Talvez tenha a ver com um dos discos que mais tenho ouvido nos últimos dois anos, o Push The Sky Away, do Nick Cave. Adoro esse disco, acho impressionante como é que o gajo chega àquela idade e ainda constrói um disco daqueles. O Tom Waits, o último disco dele é muito bom mas não acrescenta grande coisa, enquanto este disco acrescenta àquilo que o Nick Cave fez. Eu li uma entrevista com ele em que ele diz que há ali temas que se ele tivesse gravado há 20 anos, tinham dado como o “Mercy Seat”, que é dos meus temas preferidos do Nick Cave, e rebenta numa espiral negra e psicótica que eu adoro. Mas esse disco tem essa coisa, por exemplo o “Higgs Bosom Blues” está ali não sei quanto tempo a marinar, e aquilo cresce e tu vais crescendo com aquilo mas nunca rebenta assim… Estou a contar esta história porque isto pode ser a única explicação que eu possa ter para esse facto. Não foi propositado. Quando teve de rebentar rebentou, quando não, não rebentou. Por exemplo, na “Batalha de Lepanto”, uma coisa que eu pensei na altura foi a “Heroin” dos Velvet, que tem aquele ritmo intenso, e depois pára. Talvez venha daí. Não foi intencional.
Isso acaba se calhar por sintetizar também a viagem, na traineira, durante não sei quantas horas seguidas, volta e meia apanha umas ondas maiores, mas vai navegando sempre num ritmo constante, mas não descansado.
Sim, mas foi uma opção puramente estética. Pode haver uma ligação, as palavras e o imaginário todo, aquilo anda lá numa nuvenzinha, no subconsciente e há de ter alguma influência, mas não foi propositado.
E todo o disco anda à volta da “viagem”. Esta viagem chega a bom porto? Quando começa tem um destino?
Não, esta é uma viagem completamente Quixotesca nesse sentido. O Quixote no fim morre, desiludido com o mundo e com o romantismo do mundo e com a poesia do mundo. Neste disco, houve a tal intenção final de criar uma narrativa, e os últimos dois temas são o “Fado do Regresso”, que é o gajo que regressa completamente desiludido, «voltei com a mesma fome», portanto o regresso é maculo, eles vêm a cambalear e desiludidos com esta merda toda. E depois é o “Navio”, que é aquela metáfora do navio da vida, a viagem da vida, o porto deserto, o navio triste e cansado, e no fim “adeus que me vou, deus sabe até quando”, e o gajo deixa-se ir, e aquele final eléctrico é esse “Mercy Seat”, que é uma tentativa de ir mesmo. É das cenas que eu fiz que eu curto mais, aquela construção final, que é mesmo o movimento de ir, de tentar chegar a um lado qualquer que se sabe lá qual é. Para onde é que estamos todos a tentar ir?
Essa era uma frase excelente para acabar a entrevista, mas eu ainda quero saber do concerto desta 5ª feira.
Vai ser a apresentação do disco, os temas são um bocado expressivos portanto nunca são tocados da mesma maneira. Não é como o Experimentar, aqui é uma cena de banda. Mas vai ser o que está no disco, tocado com outro feeling, de haver pessoas em frente ao palco e de dar o que as pessoas estiverem a pedir. Vamos estar 5 em palco, vamos tocar com a pujança que o contexto pedir. Eventualmente, vai aparecer um ou outro tema antigo. Vai haver uns convidados surpresa. Vai ser uma festa de pôr o disco cá fora, celebração. E estamos super contentes do Jibóia e Filho da Mãe virem abrir.