Florença, em Itália, foi a cidade onde nasceu um dos movimentos artísticos mais impressionantes de sempre. Foi também aqui que fizeram história génios como Da Vinci, Miguel Angelo ou Botticelli
600 anos depois, Florença vê nascer um novo movimento, vanguardista qb, que tem como pontas de lança os Go!Zilla.
Liderados por Luca Landi, começaram há três anos a trilhar um caminho sólido no rock de garagem, psicadélico, cheio de fuzz.
Numa altura em que se preparam para editar um novo álbum, estreiam-se em Lisboa este fim de semana, com concerto no Sabotage. Ocasião para trocar algumas impressões com o vocalista, Luca Landi.
Vocês têm uma música chamada “Rosewel, NM”, ou seja, o sítio onde há mais mistérios sobre OVNIs e extraterrestres. Essa canção é sobre uma experiência vossa em Roswell, ou só inspirada por esses mitos?
Nós nunca tocámos lá, mas acho que iremos quando formos em tournée aos Estados Unidos, quando sair o disco. A canção fala sobre pessoas que não acreditam em aliens, à luta com pessoas que acreditam. Os Aliens estão entre nós. Espero conhecer algum brevemente. Se calhar estão todos escondidos em Portugal.
Sim. Tivemos uma oferta da Beast Records, uma editora fixe de França, que queria lançar algumas músicas que não tínhamos ainda gravado. Como só tínhamos duas, resolvemos regravar quatro do disco anterior, sendo que a maior diferença é a guitarra de Mattia, que se juntou à banda em Janeiro de 2014, mesmo antes de gravarmos o EP.
Sim, claramente! Começámos como uma verdadeira banda de garage rock, inspirada pelos blues também… porém agora estamos mais perto da música psicadélica, pop e ainda grunge, num certo modo.
Penso que é um grande disco. Se eu fosse outra pessoa a ouvi-lo, gostaria dele, de certeza. Será editado pela Beast Records [França], Black Candy [Itália], Algo Records [Chile] e pela Lolipop Records [EUA] a 15 de Abril.As gravações decorreram de Janeiro a Dezembro de 2014. É um disco que mistura elementos pop com música psicadélica, grunge e punk. Estamos a ficar mais violentos mas também pop.
São experiências importantes para desenvolver a destreza como músico e também para crescer como pessoa. Temos uma história engraçada com o teclista dos The Sonics [Gerry Roslie]. Quase o vi a morrer mesmo à minha frente. Estatelou-se ao comprido com duas garrafas de cerveja nas mãos… “ei meu, tudo bem?”. Virou a cabeça e foi-se embora, dizendo: “tudo bem, está tudo bem”, com a mão ensanguentada e nisto aparece a mulher dele aos gritos… gente divertida. Foi o seu primeiro concerto da digressão. Tudo alcoolizado. Acho que eles agora são mais famosos do que eram nos anos 60.
Yeah, tocaremos o novo alinhamento, metade composto por músicas novas, metade pelo primeiro longa duração. Tentaremos ser tão pujantes quanto conseguirmos, queremos que o público também alinhe. Gosto muito de como o novo disco foi gravado mas sabemos que um concerto ao vivo é sempre mais intenso!
Conheço os Glockenwise, são nossos amigos! Já tocámos com os Black Bombaim, malta fixe e grande banda! Também me lembro bem do Rui Costa, um dos melhores jogadores da minha infância.
Estou ansioso por estar aí. Vai ser uma festa à italiana!