Vem aí mais uma banda para abanar o cada vez mais recheado panorama musical português. Letras e guitarras banhadas em blues, vistas de uma lente psicadélica e jovem, de quem não tem nada a perder e com o resultado desta comunhão a não poder ser mais seguro.
Os Reis da República, assim se chamam, servem-se de (ou ajoelham-se perante) uma sedutora voz que é também uma bofetada dirigida àqueles que esperavam ouvir mais uma banda comandada por um homem. O seu despretensioso EP de estreia tem seis faixas bem sólidas e límpidas, recheadas de instrumentos e coros que não precisam de grande aparato pra soar bem. De mau, só mesmo o facto de ser meio-disco.
Chega-nos assim, despida e bela, a luz no escuro. Quase como uma manobra de marketing, os Reis da República cobrem as duas frentes. As sondagens são ainda primitivas mas, para já, apostamos na vitória. Crítica em breve.