Flores do Bem é o epílogo nu de Canções do Bandido.
No vol. nr 3, o Senhor Vulcão canta amor perdido e avassalador, com alguns adornos instrumentais constrói uma espécie de termas melódicas para curar as feridas.
Em Flores do Bem, vol. nr3, canta a mesma paixão fugidiça, mas num regresso à crueza e simplicidade directa de uma guitarra ligada ao coração. Apenas uma viola acústica para musicar os poemas que saem de enxurrada, erupção espontânea com primorosos jogos de palavras.
Mas onde o terreno seria propício a telas sem cor, a riqueza melódica do disco anterior não desapareceu e mesmo com voz e guitarra a cantar um amor intenso mas ausente, são canções quentes e de esperança.
Gravado de uma só vez, sem cortes nem artimanhas, Flores do Bem é um complemento despido de Canções do Bandido. Exulta um amor puro e inatingível, mas aceita esse destino em paz e com tons exóticos.