É difícil precisar exatamente onde é que o talento de Luís Severo floresce mais evidentemente: será na composição de melodias, simples, orelhudas, geniais? Será na prosa com a qual as ilumina, lembrando-nos de memórias distantes de amores do passado das quais nem nós nos lembrávamos? É difícil escolher: mas as suas duas maiores armas brilham com mais evidência em “Olho de Lince” – uma das mais belas cantigas de amor que encheram de vida as rádios portuguesas da última década.