Maria Reis lança o seu primeiro disco e em 18 minutos dá a coisa por terminada. O texto devia ter demorado esse tempo a escrever mas obrigou a audições repetidas.
Em 1968, nos Estados Unidos, um pai obrigou as suas filhas a formar uma banda, intitulada Shaggs. Estas norte-americanas editaram um disco, “Philosophy Of The World”. Indiscutivelmente uma das piores coisas que apareceu musicalmente e teve um grupo de fãs devotos a considerá-la “alta arte”. Isto vem a propósito de dizer que alguns críticos pretendem arranjar um significado extra para o conteúdo. Ao fim ao cabo a questão eterna do que é considerado arte nunca deixa de ser relevante e sempre subjectiva.
Eis que assim chegamos a Chove na Sala, Água nos Olhos, primeiro trabalho de Maria Reis (Pega Monstro).
Editada pela Cafetra Records, uma das editoras indie resistentes no séc XXI que mantém um som próprio (a ser simpático) em que pontua o lo-fi e o que quero acreditar que é um “amadorismo irónico”, com bastantes seguidores que encherão as mais pequenas salas de concertos em Lisboa.
O disco é curto e mais do que esquecível. Arranca com “Resquício” e salta imediatamente para “Odeio-te”, aquilo que será mais parecido com um single, com um trocadilho entre “eu dei tudo/odeio-te”. Segue-se “Soror Mariana”, que pode ser descrita como uma balada. Tem um fluir interessante mas assusta ouvir a voz da cantora a variar entre graves e agudos. “Picada de Vespa” é a mais curta do álbum e ainda assim não se salva. Regressam os agudos assustadores e dignos de um filme de terror. Em “Automático” a sonoridade assemelha-se mais ao punk direto das Pega Monstro mas parece uma faixa rejeitada numa sessão de ensaios. “Um Ai” arranca logo com o som semelhante a uma flauta de plástico, metáfora auditiva para a experiência de ouvir o disco de Maria Reis. A meio tenta voltar ao punk e a letra parece-se qualquer coisa como “aquemcaxouumaiiii”. O disco termina com Lars Von Trier, ídolo dos pseudo-intelectuais por esse mundo fora.
Ainda bem que este disco tem um total 18 minutos. Como um penso rápido, é coisa que não demora a arrancar mas deixa uma sensação de desconforto e acima de tudo de tempo perdido. Se calhar o melhor elogio que podemos fazer à carreira de Maria Reis é que vai cantando cada vez menos mal. Continua a trocar os ‘S’ por ‘X’ mas lá para 2050 talvez tenha um disco que valha a pena ouvir.
E levas a dobrar…
Oh Cardinhos, dois conselhos:
. aprende a pontuação… da forma que colocaste a vírgulas parece que tu é que demoraste 18 minutos a escrever o comentário. O que torna ainda mais vergonhoso a questao de falhares na pontuaçao, mas por outro lado pode explicar o facto de só conseguires tirar um curso numa privada.
. ide viver a vida. És jovem. Andar a comentar artigos com mais de um ano?! ou demoraste um ano a escrever?
Oh Cardinhos… dois conselhos:
. aprende a usar vírgulas…. a maneira como está escrito fica… “A mim o texto demorou mesmo só 18 minutos a ser escrito”. Ficando a ideia que demoraste 18 minutos a escrever o teu comentário e não acertaste na pontuação… Pode explicar o facto de teres de pagar uma privada para tirares um curso superior.
. e arranja o que fazer, que és uma rapariga nova… a Pandemia não justifica andares a comentares artigos com mais de um ano.
Cardinhos gosto de reticências… em parte é o resultado de ter ficado parado meia hora a tentar decifrar o teu comentário devido à pontuação.
A mim, quer-me parecer que afinal, o texto demorou mesmo só 18 minutos a ser escrito.