O sétimo trabalho de Ladytron é um álbum mais pop, com tudo o que isso representa – neste caso, de bom. Boas canções, dançáveis e envolvendo quem ouve na voz hipnótica de Helen Marnie e na atmosfera synthpop.
O novo trabalho da banda de Liverpool mantém o estilo gélido eletrónico, quase robótico, a que já nos habituaram, mas desta vez com um toque de leveza diferente.
Time’s Arrow é o sétimo trabalho de estúdio da banda e apresenta um som mais ligeiro do que a densidade quase apocalíptica do trabalho anterior. É um disco que aquece as pistas, dançável, de refrão orelhudo e sonoridades fáceis, com sintetizadores borbulhantes e uma produção que ajuda a essa sensação de leveza.
O disco abre logo com um bom cartão de visita: “City of Angels” é dançável, com um refrão orelhudo, perfeito para o pontapé de saída de um disco que se quer ligeiro. Segue-se “Faces”, que poderia passar em qualquer pista de dança numa versão levemente remixada. “Flight from Angkor” parece saída dos anos 80, repleta de sintetizadores e “The Night” relembra o tom mais soturno de alguns discos anteriores.
Apesar do arranque muito promissor, o disco parece perder um pouco o fulgor com o passar das faixas ,até chegar a “California”, onde regressamos a guitarras densas. A terminar, a canção que dá nome ao disco: “Time’s Arrow” transporta-nos de regresso aos ritmos dançáveis e mais leves dos primeiros temas do disco, fechando o círculo.
É, sem dúvida, um álbum mais pop, com tudo o que isso representa – neste caso, de bom. Boas canções, leves, para dançar, bem produzidas, com boas letras e bem cantadas, com a voz hipnótica de Helen Marnie e a atmosfera synthpop criada de forma muito competente. Vale a pena ouvir.