Os californianos Gardens & Villa trouxeram-nos no início deste ano um segundo disco de originais que sabe a Verão – Dunes. Ao ouvi-lo, tudo o que nos suscita são férias, praia, namorar, passear de carro e disco a tocar em repeat, enquanto a brisa nos bate na cara.
Dune oferece-nos uma dezena de canções bronzeadas por uma ambiência bucólica própria de Santa Bárbara, de onde provém este quinteto. Mas nem só de melodias veranis vive este álbum, tão bem acompanhadas pela voz irresistível de Chris Lynch e os seus falsetes. Esta synth pop que fica no ouvido, faz bater o pezinho e abanar o corpo em estranhas direcções diz muito sobre o tipo de álbum que é: uma pop indie muito cool.
É um som que me lembra sonoridades étereas como as de Washed Out ou as batidas e sintetizadores sonhadores de Wild Nothing. Lembra estas e outras tantas coisas, mas não deixa de mostrar algo distinto e cativante.
Este é sem dúvida um álbum mais maduro, mais pop e mais sólido do que o antecessor Gardens & Villa. A abrir o mesmo, temos aquele que me parece o maior tema deste trabalho, «Domino», com um solo de flauta e uns vocais que te põem a dançar até ao final do Verão de chinelo no pé e bebida na mão. Canções como «Echosassy», «Avalanche» e «Thunder Glov» também não ficam atrás, num álbum que apetece ouvir e dissecar mais um bocadinho.
Atenção que, se continuarem assim, podemos ouvir falar neles em breve e até mesmo recebê-los por estas bandas.