Nem sempre os Fleetwood Mac foram sinónimo de soft rock, uma versão light e bonitinha do rock pensada para agradar os ouvidos sensíveis das empregadas de escritório de meia idade (falo, é claro, do muito sobrevalorizado Rumours e impotências afins). No início, no tempo de Peter Green, os Fleetwood Mac eram uma banda a sério, viril e musculada, gravando blues sujos e acres. É o caso de “Black Magic Woman”, mais tarde celebrizado por Santana. Atentem bem nos solos de Green, em que a guitarra chora dolente o feitiço lançado por mais uma maldita mulher.
Mais tarde, Peter Green consumiu LSD em demasiada numa comuna hippie em Munich, levando-o para a pior das bad trips: a esquizofrenia. Nunca mais os Fleetwood Mac se refizeram de uma perda tão imensa.