Numa altura em que a psicadélia está a ser cada vez mais revivida, os Elephant Stone são talvez a banda que mais vale a pena ter em conta. Principal razão – têm uma sitar.
Este instrumento indiano, celebrizado mundialmente por tocadores como Ravi Shankar, é psicadélico por natureza, bem tocado chega a hipnotizar. Nos últimos tempos, (à parte dos Kula Shaker) não tem havido muitas bandas ocidentais a incluir, de forma regular, a sitar na sua música. É aqui que os Elephant Stone se distinguem.
Esta é a banda de Rishi Dhir, filho de um casal de indianos que se mudaram para Montreal, Canadá, nos anos 60. Rishi é baixista e começou cedo a tocar sitar, mas passou grande parte da carreira musical em bandas de rock. Em 2008 pediu emprestado o nome a uma canção dos Stone Roses e fundou os Elephant Stone – que se inspiram no psicadelismo pop-rockeiro dos anos 60 e juntam-lhe os instrumentos indianos – tabla (percussão), sitar e dilruba (cordas). Depois, claro, há inúmeros teclados, guitarra e baixo.
A juntar a isto, Rishi Dhir incorpora elementos das filosofias hindu e budista, não só nas letras mas também na música, e o resultado já foi apelidado de «psychedelified Hindie-Rock mantra».
O lançamento do novo disco, The Three Poisons, é o pretexto para uma digressão europeia que, no domingo dia 5, traz os Elephant Stone a Lisboa, num concerto a não perder. Em palco estão 4 músicos, mas muito mais instrumentos e há sempre uma dança de cadeiras. Ao vivo, os Elephant Stone variam entre as músicas mais orelhudas de pop psicadélica, momentos rock mais pesados, solos hipnotizantes de sitar e improviso, numa actuação que será, pelo menos, intensa.