Para quem vem acompanhando estes The Men, o novo álbum New Moon vem mostrar uma faceta renovada da banda de Brooklyn. Se estávamos habituados a ouvir qualquer canção a começar com um riff cru de guitarra, New Moon começa calma e tranquilamente com “Open The Door”. Logo a seguir o álbum embrutece um pouco com “Half Angel Half Light” e “Without A Face” mas longe da atitude punk rock que caracterizava a banda até à data, bem patente em muitas partes rasgadas e desconcertantes dos outros álbuns Immaculada e Leave Home. Já Open Your Heart, o álbum antecessor a este já começou a mostrar um rock mais clássico e country.
New Moon é portanto um seguimento lógico que os nova-iorquinos resolveram traçar na sua música, e ainda bem, aproveitamos para dizer. É um álbum que se ouve muitíssimo bem do princípio ao fim, coisa que revela sempre a qualidade sonora de um disco. E os The Men chamaram, como grandes influências para este registo, nomes como Tom Petty, Neil Young, MC5 ou Dinosaur Jr. Não está nada mau de facto. Porque estas influências se notam bem ao longo do álbum (ouça-se “Electric” sem pensar em Dinosaur Jr. ou “Bird Song” sem pensar em Neil Young. Não dá, está lá tudo.)
The Men trilham caminham então para se tornarem uma grande banda. Este quarto álbum é provavelmente o melhor da banda até ao momento pois, apesar de enveredarem por um rock mais clássico, nada o torna aborrecido, pelo contrário, torna-o excitante. Nisto tem também cota parte de responsabilidade a saída do baixista Chris Hansell, o maior responsavél pelos riffs mais sujos e raivosos presentes nos dois primeiros álbuns.