Os Noah And The Whale entraram muito bem em campo. Com Michael Petulla na baliza (bateria), Fred Abbott e Matt Owens nas alas (guitarra, baixo e teclas), e ainda Tom Hobben (violino e teclas) no apoio ao ponta de lança. A estrela da companhia é Charlie Fink, guitarrista e vocalista, e juntos tiveram a sua primeira vitória em 2008, intitulada Peaceful, the World Lays Me Down. Este foi o primeiro e óptimo álbum desta banda oriunda da terra inglesa do rugby, Twickenham.
Mas se outros como por exemplo George Lewis Jr. (a.k.a. Twin Shadow) fizeram do seu desgosto amoroso uma obra prima, já Charlie Fink conduziu os Noah And The Whale em direção ao abismo. O segundo álbum dos ingleses, de seu nome The First Days of Spring é uma desilusão. Triste e aborrecido, só tem uns primeiros raios de sol a meio do caminho (leiam a nossa crítica aqui).
Antes ainda deste Heart of Nowhere, Os Noah and he Whale lançaram em 2011 Last Night On Earth onde se notou já uma recuperação de Fink. A depressão passou-lhe mas ainda não está curado. Precisa de sair, conhecer umas miúdas. E terá sido isso que aconteceu agora. Heart of Nowhere já é bem mais animado. Não está na linha de Peaceful, the World Lays Me Down porque este tem uma sonoridade muito específica. Mas recupera alguma da sua vitalidade numa batida mais na onda do “80’s are the new vintage”. “All Through The Night” e “Heart of Nowhere” são bons exemplos dos quais já apetece dar um pézinho de dança.
Não sei se será ainda suficiente mas estão de novo no bom caminho. Esperemos apenas é que Fink tenha aprendido com os erros e não se volte a apaixonar para depois ter um desgosto. Ou vá, pelo menos não faça um álbum sobre isso.