Há qualquer coisa muito íntima na música de Akron/Family. Um pequeno toque psicadélico que me deixa algo frágil.
Numa autêntica montanha russa de melodramatismo frenético, Sub Verses traz o que de melhor este trio de americanos tem para oferecer.
Entre os três puxam de melodias, misturam vozes, alteram tonalidades, ritmos e direcção em cada tema, deixando a clara sensação de que o objectivo era mesmo deixar-me perdido. Pessoalmente agradeço, porque se há algo que realmente gosto é de me perder, principalmente no que toca a música.
Sub Verses mexe em tudo e mais alguma coisa, desde a viagem ternurenta de “Cast A Net”, ao delicioso toque de indie-pop de “Until The Morning”, passando por uma espécie de folk-rock-expeirimental em “Sand Talk”. Uma mescla de sons que me diz que os meninos andaram a ouvir TV On The Radio de forma obsessiva.
Quantas vezes, mas quantas vezes esta confissão desesperada de “Until The Morning” ecoou na minha cabeça perdida: “My life, my identity I lay them at your feet / In just the hope that you’d let me come inside / ‘til the morning”.
Um dia faço-o mesmo.