(fotos by Du, texto by Alex)
A vontade de fazer aqui estas análises do concerto leva-me a ir pensando no que escrever no dia seguinte sobre o mesmo. E a grande palavra que me veio à cabeça para definir este concerto e a própria banda foi versatilidade. Por um lado versatilidade dos elementos da banda, acaba uma música e troca tudo, o guitarrista (Ira Kaplan) passa para os teclados, a baterista (Georgia Hubley) passa para a guitarra e o baixista James McNew para a voz. Outra música, outra mudança. Todos tocam um pouco de cada instrumento, facto a que não será alheia a experiência acumulada ao longo dos 25 anos de carreira que já levam. Por outro lado, versatilidade no próprio som da banda, é impossível colocar-lhes um rótulo. Num concerto (e também num álbum) de Yo La Tengo temos momentos lo-fi, momentos de guitarras frenéticas, momentos acústicos, momentos dançaveis. E saltamos de um para outro com a maior naturalidade do mundo, porque realmente faz sentido para quem sabe tocar várias cordas. Foi uma noite também marcada pelo momento “No you won’t…” frase proferida por McNew ao aperceber-se do que estava Kaplan a preparar, nada mais nada menos do que uma música tocada sentado na confortável cadeira da 1ª fila. São pequenos momentos como este que nos fazem lembrar dos concertos que assistimos!
O setlist foi mais focado no álbum mais recente, “Popular Songs”, como seria de esperar, o que para mim foi uma boa opção dado que já conheço bem os últimos 3 álbuns e estou a descobrir pouco a pouco os mais antigos. O rock forte em “Nothing to Hide”, as baladas “I’m on My Way” e “Avalon or Someone Very Similar” e a mais pop “Periodically Triple Or Double” que abriu o concerto, junto com a “Our Way to Fall” foram para mim os momentos mais altos. Se bem que aquela devastação de som, guitarras desafinadas, teclados que compõem “The Story of Yo La Tango” (não é gralha, é mesmo Tango), antes do primeiro encore foi algo de estonteante.
Deixo aqui a memória de um post altamont relacionado com esta banda. Algo para a posterioridade. Whatever that is…
Confirmado! A rapariga era a outra metade do casal. Small world indeed.
Sim, posso eventualmente ter ficado na 4ª fila. Tinha um lugar vazio à minha frente onde depositei o casaco e ao lado estava um casal. A rapariga virou-se para trás quando pedi “I Feel Like Going Home”. Small world! Olá! ;-)
OK, acho que se confirma. Estavas mesmo atrás de mim (ainda que quase possa garantir que eu é que estava na terceira fila). Um olá retroactivo!
Filipe: Pois, isto de andarmos para aqui a trocar comentários e não nos conhecermos pode proporcionar situações dessas… Eu estava na zona central anfiteatro, um pouco descaido para a esquerda visto do palco, 3º fila. Tudo é possível. ;-)
Sara: Excelente posicionamento!
Abraços.
Alex, eu diria que há um terço de hipóteses de estares imediatamente atrás de mim (zona central do anfiteatro e tal). E Sara, a “I Heard You Looking” também teria sido bem à maneira…
Foi um concerto incrível. Só me faltou a I Heard you Looking e a Tears are in your eyes… quem me dera estar hoje na Casa da Música para matar as já saudades…
Pois, “I Feel Like Going Home” foi também o meu pedido a alto e bom som para a música final, mas não foi concedido…
Foi um grande concerto. Pena não terem tocado a “From a Motel 6” ou uma “I Feel Like Going Home”…