Estamos a pouco, a muito pouco tempo de voltarmos a abrir as cortinas para que tudo comece. Para já, espreitamos apenas. Olhamos dias e nomes, pouco mais do que isso. Entreabrimos o véu e voltamos a sonhar de novo, comedidamente, para gozarmos o prazer da antecipação. Ao fim de três anos, o maior Festival de Lisboa está de regresso! Ali mesmo, no sítio do costume, e desse imenso vazio de tempo, far-se-á de novo a festa. A décima quarta edição do NOS Alive está a chegar, está mesmo ao virar da esquina.
As novidades são algumas, para que o prazer seja ainda maior e melhor. Desde logo, soma-se um dia aos três do costume. Assim sendo, de 6 a 9 deste mês, no Passeio Marítimo de Algés, desfilarão nomes e mais nomes de artistas. Para todos os gostos, claro está. Desde os mais sonantes aos que nem sabíamos que existiam. Dos cabeças de cartaz aos que aparecem apenas (e quase) como nota de rodapé. Mas nestas coisas da música, o que importa é a essência da arte, e essa é sempre de avaliação pessoal. E por isso, os nomes em letra pequena podem bem ser as maiúsculas desejadas, futuras estrelas a haver dos tempos futuros. O que se pretende neste texto, como se isso fosse pouco, é apenas fazer referência àqueles que desfilarão perante nós, dia após dia, para nosso grande contentamento. Por isso, cada artista mencionado, subirá ao palco da nossa satisfação dentro de muito pouco tempo. E ele está a contar, apressa-se e apruma-se para todos nós. Dêmos-lhe, então, as boas vindas.
No dia 6, o primeiro dos quatro deste ano, The Strokes é mesmo a grande cabeça de cartaz. Os rapazes que salvaram o indie-rock lá estarão, certamente com a garra e o vigor do costume. Não interessa agora referir horas ou palcos. Para isso há apps, cábulas e coisas afins. Mas não estarão sozinhos, evidentemente. Haverá dezenas de artistas em desfile todos os dias. No primeiro, para além do nome dos norte-americanos, passarão pelos nossos olhos (e ouvidos) The War on Drugs, Stromae, Jungle, Clairo, Modest Mouse, Parov Stelar, Fontaines D.C. e Mallu Magalhães. A diversidade é muita, como se vê, e a qualidade também. Há que escolher. Do rock à eletrónica, do ritmo à tranquilidade, passando pela delicadeza feminina da música do país irmão. E assim, por estes ou por outros nomes – e eles são tantos – se fará o primeiro dia do NOS Alive de 2022.
No dia seguinte, quinta-feira 7, serão outros os artistas, naturalmente. E nós, imbuídos do espírito name dropper deste texto, juntamos mais alguns ao grande caldeirão de som que se prepara em lume brando. Florence + The Machine é a vedeta maior deste segundo dia. Mas como não vem sozinha, pelos vários palcos do recinto, surgirão também Jorja Smith, Alt-J, os lusos Dino d’Santiago, Rita Vian e Fogo Fogo, a ótima Nilüfer Yanya e tantos outros. De novo, e como sempre, o cocktail será amplo e variado. Ótimo para se ir degustando a nosso bel-prazer. Picar aqui, picar ali, de cerveja na mão e sorriso amigo. Até porque… ainda haverá mais festa em mais dois dias!
Assim sendo, ao terceiro, dia 8, os velhinhos Metallica farão estremecer o recinto. Espera-se uma onda de metaleiros no Passeio Marítimo de Algés. E nós sabemos que eles não falham… Mas há mais, e para gostos bem diferentes daqueles cabeludos de Los Angeles. Vamos a eles: Royal Blood, M.I.A., Saint Vincent e, imagine-se, o regresso dos saudosos (a nostalgia é sempre um condimento apreciado, como bem se sabe) dos portugueses Três Tristes Tigres. Convém ir praticando o trava-línguas para não fazermos má figura na hora certa.
E como tudo o que começa tem um fim, lá chegará o derradeiro dia, o quarto, que será o oitavo do calendário de julho. E nesse sábado, há que contar com Da Weasel, pois claro, as míticas doninhas portuguesas. Mas também com Imagine Dragons, as cinematográficas Haim, os Two Door Cinema Club, o sempre esperado (por muitos) Manel Cruz e a norte americana Phoebe Bridgers. Por essa altura, e para quem, como nós, vai trazer-vos diariamente a escrita do nosso contentamento, o cansaço já deverá sentir-se. Mas isso pouco importa, quando o prazer se sobrepõe a tudo. A equipa do Altamont não será numerosa, mas será com a habitual dedicação que vos vai fazer chegar aquilo por que tanto esperam: o NOS Alive 2022. A tempo e horas, em texto e fotografias, mas também nas redes sociais que todos conhecemos.
Que comece o festim, que arranque a cerimónia, que se inaugure a diversão! O Altamont está pronto!
