(Começamos aqui uma semana de canções dedicada à história do festival de Paredes de Coura, que terá mais uma edição a começar esta quarta-feira. E começamos pelo ano 2000…)
Já tinham passado por lá os Red House Painters dois anos antes. Já lá tinham estado os Suede no ano anterior — aquele em que, chegou a contar o organizador João Carvalho, começava a sentir-se que o Paredes de Coura poderia vir a ser o que veio a ser. Mas quantas vezes poderá alguém dizer que viu uma banda como os Yo La Tengo a seguir a uma sucessão de álbuns tão magnífica quanto Painful, Electr-o-Pura, I Can Hear the Heart Beating as One e And Then Nothing Turned Itself Inside-Out?
Sobre o concerto escreveu então Tiago Luz Pedro, para o jornal Público: “Houve quem não tivesse gostado – os assobios que a espaços se ouviam são a prova viva de que há concertos que não cabem em festivais -, mas para os poucos que verdadeiramente se entregaram de corpo e alma à encantadora sedução da música dos Yo La Tengo ficou no ar a sensação de uma noite ganha”.