Os Rolling Stones nunca (mas nunca, mesmo) conseguiram em 546,666 anos de vida um álbum tão consistente como qualquer dos últimos LP dos seus arqui-inimigos The Beatles. Escreveram grandes melodias, sim, Richards cozinhou uns quantos riffs fantásticos, é verdade, e houve até muitas músicas que ficaram (e ficarão) para a história do rock and roll. Mas os Stones nunca chegaram aos calcanhares dos Beatles – convenhamos, era difícil, embora eles o tenham tentado.
Let it Bleed é uma dessas tentativas falhadas – mas ainda assim é um falhanço espetacular, daqueles que abrandamos para absorver o que de bom temos direito. Lá dentro desse álbum que fechou os anos 60 para os Stones praticamente na mesma altura em que os Beatles fecharam para obras, estão duas das suas melhores canções: a “Gimme Shelter” e a épica “You Can’t Always Get What You Want”. E perdoem-me a preguiça mas é apenas sobre elas que vou escrever, porque as demais se resumem assim por cá da esta palha: são fracas – até a que Richards canta – e parecem completamente deslocadas. Ou despropositadas. Ou descabidas. (Agora que escrevo sobre isto, devo fazer uma menção honrosa à “Monkey Man” que tem um groove simpático).
Portanto, vamos à “Gimme Shelter”. Quando a oiço penso, por exemplo, nos filmes “The Departed”, “Good Fellas”, “Air America” e “Flight”. E em outros filmes que agora não consigo situar. Arranca com uma linha de guitarra excelente, um falsete e um gemido do Jagger carregado de erotismo; depois, uma letra apocalíptica, como se o mundo fosse acabar com estrondo, muito estilo e bom gosto, e esta seria a última coisa que poderíamos ouvir. Se assim fosse, não ficaríamos mal servidos. Porque quando os Stones decidem convocar o Diabo para que o Belzebu nos sopre aos ouvidos todas as coisas más que aí vêm (“oh, a storm is threatening”), são insuperáveis. E irresistíveis.
Depois, a “You Can’t Always Get Want You Want”, que é o oposto da anterior. É a versão dos Stones da “Hey Jude”, uma canção sobre a impossibilidade de controlar todas as variáveis da nossa vida. Com ela no ouvido, viajamos diretamente para a cena de abertura do “The Big Chill” de Lawrence Kasdan. A percussão remete-nos para a “Sympathy for the Devil”, o coro é elegante e a orquestração encaixa sem absorver o essencial; e lá nos deixamos embalar num rock profundamente norte-americano que sempre foi a imagem de marca de Jagger e companhia.
Nunca li tanta bobagem em toda minha vida! os beatles eram bons , principalmente dentro de um estudio com ajuda de George martin, mas em cima de um palco eram muito inferiores a várias bandas da epoca, os stones fizeram albuns tão importantes quanto os beatles , inclusive ao vivo , coisa que os beatles nunca fizeram,na verdade os caras de liverpool só foram ficar interessantes , a partir de “rubber soul” , por que antes eram uma banda sem sal , faltava aquele tempero , aquela energia que os stones mostraram desde o seu primeiro album, que por sinal hoje faz 50 anos,eu fico imaginando os beatles nos anos 70 , uma epoca que o som estava ficando mais pesado, que porcaria não seria se eles tivesse continuado, álias , o penultimo deles “let it be” já era bem fraquinho , não chegava nem a ponta do dedo de um “let it bleed” por exemplo, tiro o chapéu pra “rubber soul” , “revolver”, e ” sgt. peppers” , os 3 melhores sem dúvida já os outros albuns não são isso tudo , o album branco por exemplo como disse o próprio George Martin , deveria ter menos músicas , têm muita coisa descartavel ali, outro que não chega nem aos pés de beggars banquet( 10 músicas superiores as 30 do quarteto), inclusive os stones, mostraram aos “beatos” como se faz um albun duplo 3 anos depois com exile on main street!.