Boxer foi o álbum que me fez descobrir os The National. Bem sei que foi mais tarde do que poderia ter sido, uma vez que é o quarto álbum da banda e o seu antecessor, Alligator já tinha tido algum tempo de antena por aí. Mas eu comecei pelo Boxer. E que bom começo foi… É um daqueles álbuns que nos vai conquistando aos poucos, música após música, e que quando damos por nós encontramo-nos rendidos, sem saber explicar muito bem o que se passou. E depois aconteceu um maravilhoso concerto destes senhores na Aula Magna, que serviu como confirmação (como se necessária fosse), que estava perante um caso bicudo de música deveras agradável. Tentando uma análise racional da coisa temos a voz fora do tempo que seria “normal” em “Fake Empire”; a intensidade crescente em “Brainy” e em “Apartment Story”; a crueldade de “Start a War”, na qual se ameaça alguém mas de uma forma tão doce que não dá para nos apercebermos de que é uma música ameaçadora; o sentimento de esperança em “Slow Show”. Entre muitos outros. Mas o melhor mesmo é carregarem no play aqui abaixo e deixarem-se levar pela voz de Matt Berninger.
Alexandre Pires
Nasci em terras de Vera Cruz, decorria ainda a década de 70. De pequenino me apercebi que estava destinado a grandes feitos e quis desde logo deixar a minha marca, começando por atravessar o Atlântico a nado. Dessa experiência guardo sobretudo água salgada nos ouvidos, água essa que me impediu de dar ouvidos ao meu pai que queria fazer de mim engenheiro. Hoje, quando me perguntam a profissão, não sei o que responder. Tenho vários chapéus que vou usando consoante a ocasião, desde economista proeminente a futebolista de sonho, de crítico de música amador a empreendedor visionário, de tenista de meia tigela a DJ concorrido, de amante cinéfilo a pai dedicado.
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Também me aconteceu o mesmo. Se com alligator não liguei muito aos national, com o boxer fiquei fã!