“Olá. Nós somos os Zanibar Aliens e tocamos rock ‘n roll”. A frase de apresentação do jovem quinteto português composto por Carl e Filipe Fernandes, Martim Seabra, Ricardo Pereira e Diogo Braga não podia estar mais certa. Podem-se arranjar muitas outras etiquetas, do blues rock ao rock psicadélico, passando até pelo hard rock – no limite, mas no fundo não há expressão como rock and roll. É isso que os Zanibar Aliens tocam e foi isso que nos deram no passado sábado, em mais um Baile Rock Altamont, bem composto de público e novamente celebrado no Sabotage.
Com um disco novo que deverá ser editado em breve (do qual já podemos ouvir o primeiro single, Bongsmoker), os Zanibar Aliens deram-nos um concerto longo e intenso, mostrando um conjunto de temas novos de deixar água na boca e recordando-nos que o seu disco de estreia, Zanibar Aliens I, não perdeu nada com os (quase) dois anos passados.
Se a longa duração do concerto não foi problema, isso deveu-se muito à música da banda, que nunca entra na monotonia. Os Zanibar Aliens ora nos dão explosões sónicas que nos fazem lembrar o rock como combo de loucura hedonista, ora nos dão momentos mais espaciais, numa viagem cósmica feita num caldeirão sonoro de que não apetecia sair.
O futuro é dos Zanibar Aliens. E o rock and roll, pelo menos por cá, continua de boa saúde.
Fotos: Francisco Fidalgo