Abençoados os que tiveram a oportunidade de ver Marcelo Camelo ontem com a sua voz, o seu violão (segundo o próprio um instrumento perigoso que pode destruir qualquer um) e ainda o seu amigo Tomas (ou Tomás), encarregue de dar mais substância à coisa com o seu violino e por vezes com uma batedeira. Perante um público que já ia rendido à partida, Marcelo confessou estar nervoso de início, mas nada se notou. O à-vontade que o caracteriza levou a melhor, permitiu partilha de histórias como a do avô que escreveu a música “Porta de Cinema” por ele tocada, de como tudo isto dele com violão começou por Lisboa, entre amigos.
Em termos de setlist e para além das suas músicas em nome próprio, passou por alguns êxitos dos Los Hermanos, bem como as duas músicas celebrizadas por Maria Rita que são da sua autoria. Felizmente esquivou-se ao pedido absolutamente rídiculo vindo da audiência de “Anna Julia”.
Pediu desculpa a todos os apreciadores de detalhes que poderiam ter-se apercebido de eventuais deslizes no violão, instrumento ao qual terminou abraçado. Saiu de fininho perante coro de palmas de pé, voltando só mesmo para agradecer. Um belo serão.
(Fotos por Du. mais fotografias em )