Antes de mais, queria ajudar-vos a fixar o nome desta banda, pelo que nada como escrever como se diz em português – uáxáatxi. Repitam comigo, uá, xá, a, txi. Ok outra vez agora tudo de seguida uáxáatxi. Perfeito. É que isto tem tudo para ser nome a reter e portanto importa que todos o digam como deve ser. Altamont a fazer serviço público. Adiante.
O ponto seguinte é dar-vos uns factos sobre o percurso da banda, sendo um nome desconhecido justifica-se. Assim tudo começou em 2011 quando as duas irmãs Allison e Katie Crutchfield decidiram acabar com a sua banda punk P.S. Eliot. Katie lançou-se a solo com o álbum American Weekend, um registo acústico, íntimo, voltando no início de 2013 com uma banda suporte (mantendo em grande parte o lado pessoal) para lançar esta pérola Cerulean Salt. Um disco que não sendo nada de estrondosamente original me agarrou pela cadência do mesmo, a arranhar o folk aqui e ali (especialmente audível em “Limps and Limbs”), passando também por uma onda mais surf pop (na excelente “Coast to Coast”) e oferecendo-nos um resultado compacto (apenas 33 minutos) e, como dizem bem os ingleses, straight to the point. Katie é oriunda do Alabama, apesar de viver actualmente no excelente laboratório de criação de bandas de nome Brooklyn, pelo que também as suas raízes se fazem notar no sentimento que imprime à música.
E sem me alongar muito mais para se passar à parte importante da coisa que é mesmo a audição, só acrescentar que é um disco sobre aquela fase na vida que todos passam entre a nostalgia da infância e o ter pela frente que fazer pela vida sem se saber bem como. Quem tem saudades de ter 24 anos?