Golden Age, de Woodkid, é para mim um dos grandes álbuns de 2013. Depois do EP Iron de 2011, então lançado com o nome de Yoann Lemoine, o músico francês de Lyon presenteia-nos com uma pop requintada, pintada aqui e ali com elementos folk. Ele que, originalmente, provém do mundo R & B.
Há muito que era aguardado o primeiro longa-duração deste antigo estudante de Ilustração e realizador de telediscos, para nomes como Katy Perry (“Teenage Dream”) e Lana Del Rey (“Born to Die”).
E o mínimo que se pode dizer deste artista multifacetado é que não desilude com o seu primeiro álbum. A canção que dá nome ao disco abre as “hostilidades” de forma magnífica e, goste-se ou não, isto soa a novo e diferente. Segue-se a magnífica “Run Boy Run”, um dos dois singles já lançados, com um som apoteótico e cujo vídeo deixa qualquer um de boca aberta.
“Iron” foi a primeira música conhecida deste seu trabalho, muito antes do lançamento do álbum. Um som tribal e épico que nos arrebata à primeira audição. Violinos e pianos são instrumentos muitas vezes presentes em Golden Age, misturados na dose certa com a voz grave de Woodkid.
Em The Golden Age tudo é pensado a pormenor, com um cuidado estético impressionante e numa união clara entre música e cinema, ou não tenha ele muita experiência em ambas as artes.
Muita, mas mesmo muita curiosidade para o ver em ação no Vodafone Mexefest. Será certamente um dos grandes concertos do evento que vai animar as ruas lisboetas nos dias 29 e 30 deste mês de novembro.