Ficar parado? Nunca. Nem uma pandemia o consegue serenar. E para esconjurar a peste que nos assola nada como lhe dedicar uma canção (uma das raras vezes em que Sérgio escreve sobre um acontecimento tão concreto da actualidade).
A música – feita a meias com Nuno Rafael, com um retoque final do Samuel Úria – tem um tom dramático, quase fúnebre, sinal dos tempos. A letra é sua, godinhiana até à medula, a começar pela frase batida que lhe serve de mote (Sérgio adora pegar nos chavões do quotidiano e subverter-lhes o sentido).
É uma canção sobre a pandemia mas também uma reflexão sobre o medo: o medo bom que nos defende e o medo mau que nos paralisa.
“Escolhe bem as audácias”…